Em sua retomada na Copa Libertadores, o Santos ficou no empate sem gols contra o Olimpia, do Paraguai, na noite de anteontem, no estádio da Vila Belmiro, em Santos. O time brasileiro conseguiu manter a liderança do Grupo G, agora com sete pontos após três jogos, mas o técnico Cuca vê dificuldades com o elenco que tem em mãos. E vai ter que se virar com o que tem porque o clube segue punido pela Fifa e impedido de registrar novos jogadores.
"Difícil. Quando se tem opções para mudar taticamente a equipe, dois centroavantes ou dois armadores. Temos dificuldades. Bom plantel, mas sem equilíbrio em alguns setores. Não preciso dizer, vocês sabem. Buscamos criar essas oportunidades", disse Cuca, em entrevista após a partida contra os paraguaios
"Conseguimos chegar nesse jogo com a equipe principal. Raniel ficou 10 dias parado (em quarentena em função do novo coronavírus), há uma queda física e técnica. Mas tecnicamente não fizemos grande jogo no meio-campo, na criação, na individualidade. Nos faltou isso", prosseguiu.
Cuca afirmou que o time precisa "entrar no espírito da Libertadores" e falou sobre o alto número de cruzamentos - foram 28 ao todo e apenas dois acertos.
O treinador discordou quando questionado que parte da torcida pede por Madson e Lucas Lourenço no time titular, com Pará e Alison no banco de reservas e Diego Pituca como primeiro volante "Discordo que Madson seja mais ofensivo. Madson tem fundo melhor, Pará entra muito bem na diagonal e por dentro, por termos um ponta aberto. Aproveita mais esse espaço que Madson. Motivo de ter jogado é esse. Saiu machucado e era titular, questão de coerência e confiança no jogador", disse Cuca.
Com a cabeça agora voltada para o Campeonato Brasileiro, em que ocupa a sétima posição, o Santos começa a preparação para enfrentar o Botafogo, neste domingo, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro, pela 11.ª rodada. (E.C.)