Alto Tietê - Um levantamento feito pela redação junto às cidades da região, nesta semana, mostrou que, embora não haja planos para a realização de campanhas de imunização contra a raiva para animais domésticos, as secretarias de Saúde buscam manter a cobertura vacinal com os estoques enviados pelo governo do Estado.

Em Suzano, a Coordenação de Controle de Zoonoses informou que as campanhas de vacinação tipicamente realizadas no mês de agosto não acontecem há mais de dois anos, uma vez que a cidade não recebe mais as doses do Ministério da Saúde desde 2020: "O município depende exclusivamente do Instituto Pasteur, do governo estadual, que envia 50 doses mensalmente. Em razão disso, a vacinação de rotina ocorre ao longo do ano, uma vez por mês, por meio de agendamento. Em 2021 foram vacinados 107 animais, e neste ano 13", informou. Na última campanha, ocorrida em 2019, mais de 35 mil cães e gatos receberam a dose.

Em Mogi das Cruzes, a última campanha aconteceu no ano de 2018, e a Prefeitura informou que segue as determinações do governo do Estado e do Ministério da Saúde, responsáveis pelo fornecimento de vacinas. "A cidade mantém a vacinação antirrábica para cães e gatos na rotina do Centro de Controle de Zoonoses(CCZ), localizado em Cezar de Souza. O governo envia doses de vacinas mensalmente para atendimentos, cerca de 300 doses por mês", declarou.

A Secretaria de Saúde de Ferraz de Vasconcelos informou que a última campanha foi realizada em 2017, e que as ações ocorrem por determinação do Estado em áreas endêmicas da doença. "Desde então, não foram enviadas doses ao município", apontou.

Em Poá, a Pasta da Saúde declarou que neste ano mais de 1,4 mil doses foram aplicadas nos animais domésticos da cidade, e que o cadastramento é feito conforme a demanda apresentada no Centro de Controle de Endemias e Bem Estar Animal (Cebeap). "O município recebeu aproximadamente 600 doses vindas do governo do Estado, sendo as demais doadas por outras cidades", detalhou a administração municipal.

Arujá disse em nota que, devido a uma deliberação da Coordenadoria de Planejamento de Saúde do Estado, foram suspensas as campanhas anuais de vacinação em 2020 e 2021, devido à ausência de casos de raiva em humanos desde 1997 e em animais desde 1998, sendo a última campanha em 2019. A prefeitura estima que a cidade tenha 15 mil animais domésticos, levando em consideração o número de imunizantes recebidos há dois anos e meio.