A atualização do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do Ministério da Economia, informou que durante o mês de março foram criados 416 postos de trabalho em Mogi das Cruzes. O número é o saldo entre as admissões ocorridas no mês, 3.976, em relação aos desligamentos, 3.560. O saldo resultante dessa diferença foi positivo para o município que, no mesmo período do ano passado, amargava fechamentos de postos de emprego em razão do início da pandemia do coronavírus (Covid-19).
O destaque na geração de vagas de emprego em Mogi ficou com o setor industrial e prestação de serviços, sozinhos eles foram responsáveis por 440 contratações. Em seguida, a construção civil empregou 68 trabalhadores e a agropecuária cinco. Quem pesou negativamente na balança foi o setor comercial, que fechou o mês passado com saldo negativo de 97 postos de trabalho.
No comparativo com março do ano passado, Mogi teve um resultado bastante animador. No mesmo mês em 2020, o saldo tinha sido negativo em 1.705 empregos. Vivendo os primeiros momentos de incerteza sobre a pandemia, os empregadores não souberam como reagir às primeiras notícias de óbitos e decretos de restrições. A confusão resultou em retrações que cobram seu preço até hoje.
Se comparada a gravidade dos dois momentos da pandemia, é notável que no mês passado a situação foi bem mais grave do que em março de 2020. A diferença pode ser constatada pelo número de óbitos. Enquanto em março do ano passado quatro falecimentos ocorreram em razão do coronavírus, no momento em que a Covid ainda engatinhava no Alto Tietê, em março deste ano, com 152 mortes confirmadas e a pandemia fora de controle, o número de vagas criadas foi maior.
Já anestesiados por números cada vez mais elevados de mortes pela Covid-19, os empregadores se adaptaram e as promessas de flexibilização do Plano São Paulo impulsionaram a retomada registrada no último mês.
Entre as cinco cidades mais populosas do Alto Tietê (G5), Mogi tomou a dianteira na geração de empregos. Suzano ficou na segunda posição com saldo positivo de 354 contratações. Assim como em Mogi, o destaque na criação de vagas ficou com o setor de serviços e indústria. No mesmo período do ano passado o saldo também havia sido negativo, fechando 429 postos de trabalho.
Em seguida, Poá contribuiu com 268 novos empregos para o G5. A prestação de serviços e construção encabeçaram o aquecimento do mercado de trabalho poaense no mês passado. Em março de 2020 a retração foi de 246 vagas.
Ainda que Itaquaquecetuba seja a segunda cidade mais populosa do Alto Tietê, o mês passado só trouxe 79 novos empregos ao município. Quase a totalidade das vagas surgiu na indústria. Um ano antes a cidade havia encerrado 821 empregos.
Por fim, Ferraz de Vasconcelos contratou 43 trabalhadores, o saldo de empregos da cidade também foi salvo pelo setor industrial. Um ano antes 39 postos foram extintos.
*Texto supervisionado pelo editor.