Números verificados no Hospital Santa Maria de Suzano revelam estratégia eficaz adotada para o enfrentamento do coronavírus (Covid-19) no Pronto Atendimento, mostrando que a rapidez nos protocolos adotados, aliada à estrutura da instituição de saúde, foi considerada fundamental para salvar vidas.
Em 2020, foram atendidos 8.025 pacientes com suspeita de Covid-19. Desde total, 3.156 testaram positivo, com assertividade em primeira análise de 40%, calculada com correção pelo exame padronizado RT PCR, teste padrão ouro no diagnóstico em todo o mundo, realizado em parceria com o Laboratório do Hospital Albert Einstein,.
Esse índice de acerto é considerado superior àquele verificado em muitos municípios, onde a dificuldade de diagnóstico precoce retardou os cuidados iniciais imprescindíveis para evitar o avanço de quadros mais graves que levaram à morte na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Destes 3.156 pacientes, 267 permaneceram internados no hospital - muitos deles com comorbidades preexistentes - sendo que foram registrados 36 óbitos, representando mortalidade institucional de 13,4%, comparativamente aos dados nacionais, bem abaixo da média, uma vez que a cada cem pacientes internados nas dependências do Hospital Santa Maria, 87 saem em situação melhorada, o que o eleva ao patamar positivo dos grandes centros de excelência hospitalares.
Há ainda outro dado que chama a atenção: quando calculada a necessidade de internação (taxa de internação), o índice no hospital chega a 4,7%, representando resolutividade de 95,3% do fluxo verificado no Pronto Atendimento.
A batalha contra a Covid-19 no Hospital Santa Maria de Suzano, considerado referência de qualidade no enfrentamento da doença, começou com treinamento intenso dos colaboradores antes do surgimento da doença, adotando fluxo exclusivo de pacientes, Pronto Atendimento Respiratório, ala para internações e UTI exclusivos, sempre com atualizações constantes de protocolos e garantia de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) caracterizados pela qualidade, mesmo com a demanda mundial inédita e crescente, o que elevou os custos. Todo o processo tem acompanhamento da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).