O governo do Estado informou que anunciará amanhã se bares e restaurantes terão a liberação para permanecer abertos após às 17 horas mesmo estando na fase amarela do Plano São Paulo, que atualmente prevê a abertura de seis horas diária. A permissão pode ocorrer a apenas dois dias antes da possibilidade de o Alto Tietê avançar à fase verde. Nessa situação, não há restrição de horário e a capacidade de atendimento aumenta para 60% do total.
A informação foi passada ontem pelo coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 do Estado, Paulo Menezes. "O Centro de Contingência recebeu essa solicitação de reavaliar a questão, principalmente, de horário de abertura de bares e restaurantes. Estamos examinando, temos reunião marcada para poder deliberar, como o governador (João Doria-PSDB) anunciou. Na quarta-feira (amanhã) nós teremos a posição do Centro de Contingência em relação a isso", informou.
Contrário à restrição do horário, o Comitê Gestor mogiano encaminhou, no último dia 15, uma solicitação de reavaliação da limitação de funcionamento até as 17 horas ao governo do Estado.
Segundo o grupo, além do município possuir indicadores recentes favoráveis relacionados à pandemia do coronavírus, a estrutura de fiscalização da administração municipal é suficiente para inibir possíveis concentrações de pessoas. "Temos condições de fiscalizar possíveis aglomerações, com o trabalho conjunto da Vigilância Sanitária, o Departamento de Posturas e a Guarda Municipal", garantiu na oportunidade o vice-prefeito e presidente do comitê, Juliano Abe (MDB).
No dia que Mogi das Cruzes e região avançaram para a fase 3, de cor amarela, do Plano São Paulo, no último dia 10, o prefeito Marcus Melo (PSDB) se comprometeu a tentar ampliar ou readequar, junto ao governo do Estado, o horário de bares e restaurantes ao período noturno, devido ao claro prejuízo que boa parte destes estabelecimentos terão com a proibição do funcionamento após as 17 horas.
Em 17 de junho, o grupo Mogi News questionou a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico sobre o tema, após a solicitação de revisão feita pelo Comitê da Retomada Gradativa de Mogi das Cruzes. Na oportunidade, a Pasta estadual ressaltou que o Plano São Paulo é respaldado por critérios técnicos para permitir, de forma consciente e gradual, a retomada das atividades econômicas dos setores, reforçando que o horário limitado de funcionamento, autorizado na fase amarela, foi determinado pelo mesmo Centro de Contingência para resguardar a saúde da população.
"O Estado dialoga com as prefeituras para que sigam as normas visando a retomada segura da economia. Prefeitos que desrespeitam o Plano SP ficam sujeitos a ações do Ministério Público", explicou em nota.