A projeção da Secretaria Municipal de Saúde é de que Mogi das Cruzes permaneça ao menos mais três semanas na fase amarela do Plano São Paulo de Retomada Econômica, antes de avançar para a fase verde. Isso porque, no entendimento da Pasta, se pautando nas diretrizes do programa estadual que rege o retorno gradativo das atividades econômicas, a região só deverá atender os requisitos exigidos pelo governo do Estado em 4 de setembro, quando completará oito semanas na atual fase.
A estimativa é do secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel, compartilhada pela secretária municipal de Educação, Juliana Guedes, durante reunião com vereadores (leia mais ao lado).
A fase verde do Plano São Paulo permite que os estabelecimentos comerciais possam atender sem restrição de horário e com 60% da capacidade, sendo que na atual fase em que a região se encontra, o limite é de seis horas por dia - até as 22 horas - com capacidade máxima de 40%.
Segundo Naufel, o Plano São Paulo apresentou, recentemente, novos requisitos para evolução à fase verde, como a necessidade de permanência por ao menos oito semanas na fase amarela - classificação na qual a região está desde 13 de julho - antes de evoluir à fase verde, com mais flexibilizações das medidas restritivas ao comércio. "Pelo que foi dito nas coletivas, e pelo nosso entendimento, são quatro semanas na fase amarela e depois mais quatro com alargamento no atendimento, que começamos no último dia 10", explicou Naufel.
Esse "alargamento no atendimento", conforme citado pelo secretário Henrique Naufel, é referente à liberação promovida pelo governo do Estado para bares, restaurantes e padarias funcionarem no período noturno, o que estava vetado desde o início da pandemia, em março. O regramento só é permitido em regiões que estiverem há pelo menos 14 dias na fase amarela. Desde o avanço para a fase amarela, o setor estava liberado a atuar até as 17 horas.
Portanto, a região completaria as exigidas oito semanas na avaliação do Plano São Paulo no dia 4 de setembro e, assim, com os índices de letalidade e ocupação de leitos da Covid-19 próximas ao ideal, a região teria a clara possibilidade de avanço para a fase verde. "Se os números hospitalares referentes ao coronavírus permanecerem como estão, sim, nós estamos preparados para passar da fase amarela para a verde. A gente torce para que não venha nada de novo", afirmou o secretário. "Sempre temos aquele receio da segunda onda de casos da Covid-19. Ninguém acertou ainda a previsão até o momento", alertou.