O cientista político Jackson Silva Ribeiro informou que o aumento no eleitorado no Alto Tietê é consequência de aspectos demográficos da população brasileira como um todo. Diferente do que muitos acreditam, não é possível cravar que tal aumento esteja relacionado com a polarização da política em cenário nacional ou mesmo da popularização do tema.
"A população brasileira aumenta e a faixa etária intermediária, que são as pessoas com direito e obrigação ao voto, aumenta como consequência. O principal motivo é demográfico e não a popularidade", explicou.
Ainda segundo o estudioso sobre o comportamento do cenário político nacional, tamanha é a incerteza sobre o impacto que a polarização da política causou na quantidade de eleitores, que a faixa etária opcional ao voto, de 16 e 17 anos apresentou queda na comparação com o último pleito, o que apresentaria, em tese, desinteresse deste público em exercer o voto. Em contrapartida, houve aumento no número de eleitores que inicialmente estariam isentos da obrigatoriedade ao voto acima dos 70 anos.
"Isso comprova que não é um movimento homogêneo e específico consequente de uma polarização ou popularidade da política", completou.
Tendência
Como tendência futura, tanto para a região quando para o país, Ribeiro projeta diminuição no eleitorado também devido à demografia nacional. Segundo o especialista, o Brasil apresenta tendência de diminuição de sua população e - como consequência - a quantidade de eleitores acompanharia tal movimento para os próximos pleitos.
"Por fim, tem vários indicativos que determinam como os brasileiros votam. A religião, a idade, a renda da família, enfim. Não é possível cravar que o fato da maioria dos eleitores serem de 35 anos há uma tendência de determinado escolha de voto", respondeu quando questionado sobre a idade dos eleitores das dez cidades que compõe a região. (F.A.)