Neste período de pandemia, quando o distanciamento social se tornou fundamental para evitar a propagação do coronavírus, muitos casais precisaram decidir quem continuaria trabalhando e quem ficaria em casa. Com a mudança do cenário, alguns hábitos precisaram ser deixados de lado, já que apenas uma pessoa manteve a renda para sustentar a família.
Diferentemente de outros casais, o mogiano Paulo Fernandes ficou responsável pelos serviços domésticos enquanto sua esposa, Mayara Paula de Oliveira, garante a renda da família na área da estética. "Como nós trabalhávamos com eventos, não conseguimos continuar as atividades na pandemia. A Mayara já tinha um curso de micropigmentação e decidiu trabalhar com isso", disse.
Fernandes explicou que no começo não foi fácil aceitar que ele ficaria responsável pelos afazeres domésticos, cuidando também dos dois filhos. Mas apesar das dificuldades, ele já se adaptou ao novo estilo de vida. "A Mayara tem se saído muito bem no trabalho e eu já me acostumei com a rotina em casa", finalizou.
De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, pessoas com problemas respiratórios e pulmonares fazem parte do grupo de risco do coronavírus. Este é o caso da recém-casada Carolyne Brito, que tem asma e precisou interromper seu trabalho como fotógrafa. "Como apenas meu esposo Michael está trabalhando, precisamos mudar alguns costumes. Deixar de pedir comidas por aplicativo foi um deles, espero que tudo isso passe logo para que eu volte a fotografar", concluiu.
Em cumprimento da quarentena, os serviços não essenciais foram impedidos de funcionar. Em Mogi, por exemplo, 886 empresas fecharam as portas desde o início da pandemia. A maquiadora Aline Barbosa, de Itaquaquecetuba, conta que deixar de trabalhar dificultou a renda da família. "Está difícil com apenas o meu esposo trabalhando, a minha renda conta muito. Tivemos de deixar de levar o cachorro no pet shop e diminuir algumas despesas para a casa", lamentou.
*Texto supervisionado pelo editor.