Mesmo após a Prefeitura de Mogi das Cruzes liberar o funcionamento dos empreendimentos alimentícios de rua durante o período de quarentena, nem todos os 12 trailers localizados no Terminal Estudantes voltaram a funcionar.
Segundo três comerciantes, o local continua com baixas vendas e pouca procura pelos alimentos. Os vendedores também relataram os problemas entre ficar fechado por um mês e ter de reabrir o estabelecimento em momento de baixa circulação de estudantes universitários e pouco fluxo de pessoas.
Após chegar em seu ponto na segunda-feira passada para dar uma olhada no movimento, o proprietário de um trailer de salgados, Carlos dos Santos Galdino, o Kaká, de 55 anos, se deparou com o local quase deserto. "Assim como eu, nem todo mundo está querendo correr riscos de abrir e não vender, são muitos gastos para pouca demanda", comentou.
Passando pela mesma situação, Leonardo Tosta Manhani, 38, decidiu entregar o ponto, que era conhecido pelos frequentadores como o trailer da fogazza. Segundo Manhani, o mês sem vendas gerou um prejuízo de R$ 5 mil. "Não tem o porque voltar agora sendo que 70% dos nossos clientes são os estudantes. Quero voltar quando a situação estiver melhor", disse.
Para o proprietário do trailer de pastel, Claudio Eroles Nogueira, 40, para você voltar em uma situação como esta, o vendedor terá de correr diversos riscos financeiros. O primeiro deles é na compra dos alimentos, que podem ou não ser vendidos e, em segundo, na utilização dos equipamentos de cozinha, que geram mais gastos na conta de luz e de água.
Fiscalização
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Segurança, nenhuma autuação foi feita em função do descumprimento das normas de higiene para conter a Covid-19 após a liberação do comércio de alimentos de empreendedores de rua na semana passada em Mogi das Cruzes.
Segundo a Pasta, foram dadas orientações a todos os empreendedores de rua sobre as normas a serem seguidas para o trabalho durante o período de distanciamento social. "Eles devem adotar as medidas de proteção determinadas pelas autoridades sanitárias, como a utilização de máscaras de proteção e a disponibilização do álcool em gel nos estabelecimentos móveis", explicou.
Manter a distância entre os consumidores também é uma das orientações que todos os comerciantes precisam cumprir. O sistema de venda deve ser semelhante ao adotado em outros estabelecimentos do ramo alimentício, ou seja, por delivery ou drive-thru.
*Texto supervisionado pelo editor.