As fiscalizações efetuadas pela Prefeitura de Mogi das Cruzes no combate ao funcionamento irregular de tabacarias e adegas já resultaram na interdição de 20 estabelecimentos, do total de 53 comércios que trabalham neste setor.
Para os comerciantes de outros setores, algumas tabacarias são as causadoras das aglomerações de pessoas em ruas e avenidas durante as madrugadas, induzindo ao uso de drogas, bebidas alcoólicas, com a presença de menores de idade, além do som alto. Os locais que apresentam maiores problemas são a avenida Narciso Yague Guimarães, na Vila Partênio, assim como a rua Narciso Lucarini, no mesmo bairro, e ruas Ricardo Vilela, no centro. A falta de fiscalização nesses locais tem gerado insatisfação. Muitos comerciantes notaram uma queda na clientela, já que os fregueses passam a evitar as lanchonetes e restaurantes localizados próximos a estes locais.
As equipes da Polícia Militar e os comerciantes criticaram as medidas de fiscalizações exercidas pela prefeitura, ontem, durante reunião no 17º Batalhão da Polícia Militar (PM), com presença de autoridades políticas e de segurança, além de comerciantes incomodados com a situação. No encontro, a PM cobrou ação mais incisiva por parte da prefeitura para fechar as tabacarias e adegas que trabalham fora da legalidade.
Segundo o major Relder, das reunião feitas com a prefeitura, é preciso que saiam planos mais efetivos de ação. "Há estabelecimentos próximos à Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), os quais os proprietários alegam que seus comércios são restaurantes, mas não passam de bares onde inúmeros grupos de pessoas passam madrugadas reunidos consumindo drogas e álcool", alegou. "Estamos gastando muita energia fazendo todas essas reuniões constantemente e nada é, de fato, resolvido. Precisamos que a prefeitura interdite as tabacarias de maneira efetiva",reforçou o major.
Para a PM, a segurança não depende apenas da força militar, já que eles não têm autonomia e liberação para interditar as tabacarias e adegas irregulares.
Já o vice-prefeito Juliano Abe (MDB) e o vereador Marcos Furlan (DEM), que participaram da reunião, disseram que as medidas de fiscalização funcionam dentro da legislação. Por sua vez, o Secretário Municipal de Segurança, Paulo Roberto Sales, afirmou que os estabelecimentos próximos à avenida Narciso Yague Guimarães estão regularizados e, neste caso, nada pode ser feito. "Agimos conforme a legislação e não fecharemos os comércios sem que existam atividades irregulares comprovadas. As tabacarias notificadas estão passando por mudança na razão sociais para que possam atuar dentro da legalidade".
*Texto supervisionado pelo editor