Em reunião no Palácio dos Bandeirantes na tarde de ontem com um dos líderes do movimento "Pedágio Não" e o deputado estadual Marcos Damásio (PL), o vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (DEM), afirmou que as alterações que estão sendo realizadas no pacote de concessão de rodovias pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) irão reduzir em 90% os impactos em Mogi das Cruzes.
Assim, se a Artesp oficializar a mudança de planos, ou seja, desistir de instalar um pedágio no
km 45 da rodovia Mogi-Dutra, a cobrança da tarifa afetará uma quantidade muito menor de mogianos e de prestadores de serviço que frequentam a cidade.
Sensível ao movimento feito contra o pedágio, a intenção do governo do Estado é evitar mexer no bolso de muitos motoristas que adentram a Mogi-Dutra pela Ayrton Senna, assim como no dos moradores que vivem próximos ao km 45. Vale lembrar que a Artesp ainda não confirmou a ideia de implantar pedágio em outro local. Apenas após a conclusão dos estudos será possível garantir a exclusão do posto de cobrança no km 45 da Mogi-Dutra ou em outro ponto do município, como teria informado o vice-governador Garcia.
Apesar da afirmação, o representante do governo do Estado não deu nenhuma informação adicional sobre o tema, entretanto, de acordo com Paulo Bocuzzi, representante do movimento "Pedágio Não", que esteve na reunião de ontem, não é descartado que o pedágio seja transferido para o trecho de Arujá da Mogi-Dutra. "Pelo tom do governador, ficou claro que a proposta da região receber um pedágio ainda está de pé. Eu fiquei com a sensação de que sim, este boato de que o pedágio seria em Arujá pode ser verdadeiro", disse o líder do movimento, o professor Paulo Bocuzzi, alegando ainda que, ao que parece, o vice-governador já possui alguma informação mais concreta, mas não quis revelar no momento.
Bocuzzi disse, ainda, que o vice-governador afirmou que a Artesp possui determinada independência para projetar e planejar, mas que a decisão final, quando fechado o projeto, sempre é do governo do Estado.
Vale ressaltar que representantes do movimento "Pedágio Não" afirmaram, ao longo dos protestos já realizados, que o grupo está disposto a oferecer suporte a outras cidades do Alto Tietê, caso a proposta de pedágio seja mantida na região.