O julgamento dos acusados dos homicídios de seis jovens em setembro de 2013, chegou ao fim. Reginaldo Ferreira da Silva, de 42 anos, foi condenado a 48 anos de prisão. Já Paulo Henrique Mota Batista, 29, o outro motorista acusado e que está foragido, foi sentenciado a 37 anos e quatro meses de detenção. O júri foi iniciado na tarde de anteontem e retomado na manhã de ontem, às 10h30, sendo concluído no final da tarde.
Os dois acusados foram condenados por seis homicídios dolosos consumados e oito homicídios dolosos tentados, contando os integrantes do veículos e os sobreviventes. Além desses crimes, os dois responderão um ano em regime semiaberto por omissão de socorro e por fuga do local do acidente. No caso de Batista, ele também responderá por fraude processual.
O promotor responsável pelo caso, José Floriano de Alckmin Lisboa Filho, afirmou que as penas não foram baixas, mas que poderiam ser maiores, levando em conta o número de homicídios. "Há três qualificadores no caso. O primeiro deles é por ser uma disputa banal entre eles, um racha. O segundo, pela atitude deles poder gerar mais consequências. O terceiro, levou em conta a velocidade dos veículos e a velocidade em que as vítimas foram atingidas, sem chances de escapar", disse o promotor.
Já o advogado de defesa de Batista, Michael Della Torre, relatou que pretende recorrer à decisão do juiz. "Nós defendemos duas teses, uma de absolvição e uma desclassificação paro crime na modalidade culposa. Iremos recorrer, por achar que a decisão dos jurados foi contrária às provas apresentadas", destacou o defensor.
Fato
O acidente ocorreu em setembro de 2013, quando seis jovens com idade entre 13 e 20 anos foram atropelados por um motorista que supostamente participava de um racha. O veículo invadiu a calçada onde estavam os jovens na avenida Japão, próximo ao bairro Conjunto Residencial Santo Angelo, em Mogi.
Silva havia saído de um bar com amigos e trafegava pela via quando o outro motorista sinalizou com o pisca-alerta do veículo que queria tirar um "racha" pela avenida.
Os dois carros seguiram em alta velocidade e na altura do bairro Conjunto Residencial Santo Ângelo, Batista teria ultrapassado e fechado Silva. Os carros colidiram e o automóvel em que Silva estava com mais três pessoas, invadiu a calçada de terra e atropelou seis dos sete jovens que estavam no local, todos morreram na hora.
*Texto supervisionado pelo editor