Ao avançarem na industrialização, no fomento do comércio e na prestação de serviços, algumas cidades do Brasil perderam sua ligação com a agricultura, colocando o estilo de vida rural - altamente rentável quando bem administrado - em segundo plano. Este não é o caso de Mogi das Cruzes, que, mesmo com o passar dos anos e as mudanças apresentadas pela sociedade, não se distanciou das suas origens e hoje atinge lideranças nacionais na produção de itens hortifrutigranjeiros (veja destaques abaixo). Para se ter uma ideia da dimensão do segmento, de acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura são cerca de dois mil produtores rurais, responsáveis pelo abastecimento de 35% do mercado consumidor de São Paulo e de 5% do Rio de Janeiro.
Seja por sua localização estratégica, na qual a cidade possui fácil acesso ao porto de Santos e aos principais aeroportos do Estado, seja pela iniciativa das administrações municipais, Mogi ficou nacionalmente conhecida como a Terra do Caqui, pela forte produção do item, sendo a maior produtora paulista e nacional da fruta, que é a mais plantada no Estado de São Paulo. Na parte de flores e plantas ornamentais, outra potência: as orquídeas. Assim como no Alto Tietê, Mogi possui grande área plantada e exporta a espécie para diversos países.
Mesmo se destacando nacionalmente na produção do caqui e das orquídeas, outros itens menos comuns no cotidiano brasileiro também apresentam números representativos em Mogi, como a atemoia, com produção anual de 300 toneladas, de acordo com a Pasta municipal, e a nêspera, encontrada em 27 municípios do Estado, com 147 mil plantas cultivadas em 381 hectares, sendo Mogi o principal nicho de cultivo, com 66 mil plantas em 204 hectares, de acordo com a secretaria de Agricultura.