Cada morador de Poá paga, por ano, R$ 124 para manter a Câmara de Vereadores funcionando. A confirmação veio de um estudo elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado, liberado ontem, que aponta o gasto per capta do poder Legislativo. O custo do Parlamento poaense é o maior entre as cinco cidades mais populosas do Alto Tietê, o chamado G5. O levantamento também abordou Mogi das Cruzes, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba e tomou como base a chamada despesa corrente, que envolve o pagamento de contas e pessoal. As despesas de capital, que se refere a compras de máquinas, bens e imóveis não fazem parte do cálculo.
O TCE reuniu todas as informações de gastos dos 644 municípios de São Paulo, exceto a capital, que tem um tribunal de contas próprio, e fez um balanço dos recursos utilizados por vereadores e o impacto que o poder Legislativo causa frente aos orçamentos dos municípios, trazendo um levantamento que tem o objetivo de promover a transparência do uso dos recursos públicos e incentivar a população a exercer o controle social dos gastos.
A Câmara de Poá possui 17 vereadores que entre os períodos de setembro de 2018 até agosto deste ano, teve um gasto com pessoal e custeio de aproximadamente R$ 14 milhões. A cidade que possui uma população de 116 mil pessoas, custou R$ 124 para cada morador.
O levantamento também aponta que os 440 mil moradores de Mogi das Cruzes pagam, aproximadamente, R$ 66 para manter a câmara e os 23 vereadores que atuam no Parlamento, tendo um gasto total, por ano, de aproximadamente R$ 29 milhões.
Além de Mogi, os municípios de Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba também tiveram um gasto por cidadão menor do que
R$ 100. Na primeira cidade, os 19 vereadores custaram R$ 25 milhões, sendo
R$ 85 para cada habitante. Em Ferraz, cerca de R$ 58 foram pagos por cada morador para manter o poder Legislativo em funcionamento, a cidade possui uma população de 191 mil pessoas.
Já em Itaquá, cada um dos 366 mil moradores pagou, em média, R$ 36 para manter a Câmara Municipal. Segundo os dados, o Parlamento itaquaquecetubense gastou cerca de R$ 13 milhões no período.
(*Texto supervisionado pelo editor.)