Os votos de 6.172 eleitores decidiram anteontem os 15 conselheiros tutelares que atuarão entre os anos de 2020 a 2024 em Mogi das Cruzes. Os novos membros do Conselho Tutelar devem tomar posse do cargo no final de janeiro de 2020. Na ocasião, também foram eleitos os 15 suplentes para o cargo. Os eleitos vão atuar nos Conselhos Tutelares do centro, Braz Cubas e Jundiapeba.
Cinco instituições de ensino receberam os eleitores durante a votação, que foi feita por urna eletrônica, tendo auxílio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sendo 1.308 na Escola Municipal Benedito Ferreira; 621 na Escola Estadual Coronel Almeida; 1.120 no Cempre José Limongi; 2.234 no Cempre Oswaldo Regino Ornellas e 889 no Cempre Ruth Cardoso. Foram contabilizados apenas nove votos em branco e 49 nulos.
O papel do conselheiro tutelar na sociedade é proteger e garantir os direitos das crianças e adolescentes, conforme imposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em situações de risco, ameaça e abuso, o conselheiro tutelar pode interferir para resolver a situação e encaminhar o caso para que as medidas necessárias sejam tomadas. Em Mogi, os profissionais receberão a remuneração mensal de R$ 2.623,13, pagos com recurso do próprio município.
A candidata mais votada foi Leda Maria da Costa, com 524 votos. Em seguida, Georgia Paty, com 492 votos; Bete Brandão, com 475; Roger Leandro Lukareski, com 437; Maria do Rodeio, com 277, Thayse Ferraz, com 258, Paola Galvão, com 243; Denise Costa Millan Andere, com 216; Anita Cristina Pereira Camilo, com 212; Cristiane Paloma de A. Pereira, com 216; Mirena Guariento Gonçalves, com 183; Suzan Cristina M de Macedo, com 177, Lúcia Amada, com 172, Professora Rosemeire, com 172 e Cristiane Paiva Silva, com 167.
Para Maria do Rodeio, uma das candidatas classificadas, a eleição tem pontos positivos e negativos. "A parte boa que deve ser ressaltada é que a população está sendo incentivada a conhecer as atribuições do Conselho Tutelar. O lado ruim foi queos locais liberados para a votação ficaram complicados para os eleitores. Quem mora no Rodeio, por exemplo, teve que ir até o Botujuru, e quem não tem carro não teve nem condições de votar", disse. No entanto, Maria também afirmou que um ponto importante na eleição é que os conselheiros são moradores da cidade. "Crianças e adolescentes precisam de amor e respeito, e só dando a eles seus direitos é que teremos um mundo melhor", concluiu.
Outro candidato eleito foi Roger Lukareski, com 437 votos. Ele atua como professor de Educação Física e se candidatou para poder lutar pelos direitos das crianças e adolescentes. "É importante zelar pelos direitos que estão no ECA e garantir isso a quem mais precisa. São muitas as situações de abuso e violência, até mesmo dentro da própria casa", disse.