O Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra) do Alto Tietê prendeu, de janeiro a outubro deste ano, 310 pessoas. Deste total, 70% compreendem a prisões realizadas em Mogi das Cruzes, ou seja, 217 pessoas foram detidas em apenas um município. A informação foi divulgada ontem pelo delegado do grupo, Eduardo Boigues. De acordo com ele, o número é alto e representa o intenso trabalho que a equipe faz no Alto Tietê. A equipe do Garra, liderada por Boigues, conta com mais 16 agentes investigadores.
Dentre os dez meses computados, maio e junho foram os períodos em que os policiais prenderam a maior quantidade de pessoas. Em maio, foram 42 presos; destes, quatro flagrantes, 11 mandados criminais, sete mandados civis e cinco menores apreendidos. Já em junho, foram 41 presos, sendo cinco flagrantes, 18 mandados criminais e 18 mandados civis. "Hoje, somos responsáveis pela produção de 20% da Seccional de Mogi, isso é fruto do apoio do delegado seccional, Jair Ortiz, que dá carta branca para que o Garra atue em todos os segmentos que incomodam a população", disse Boigues.
As prisões são realizadas por meio de mandados. O delegado ressaltou que o Garra zerou o número de documentos em aberto na região. "Hoje, praticamente zeramos os mandados em aberto e isso é um compromisso nessa nova gestão do Garra, de ir atrás incansavelmente de todos os procurados, porque, quando um réu não é preso, o processo fica parado, então, conseguimos agilizar esses processos com as prisões", explicou.
Defasagem
Em contraponto, o delegado criticou a situação atual da Polícia Civil, principalmente com a defasagem de profissionais para atuar em campo. O governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou anteontem o reajuste de 5% no salário base de policiais e agentes penitenciários. O aumento passa a valer no dia 1º de janeiro do próximo ano. "O novo governador está tentando fazer a reposição de policiais que perdemos durante anos, mas a polícia civil está passando por uma reestruturação e tem dificuldade com material humano. Muitos policiais já estão mais velhos e precisam tirar férias e licenças, então, sempre temos de equalizar o sistema", concluiu Boigues.