A chegada do Dia de Finados, celebrado neste sábado, preocupa o vereador Iduigues Martins (PT), pelas condições de visitação dos dois cemitérios municipais, o São Salvador e o da Saudade. Ontem, durante sessão ordinária, o parlamentar apresentou algumas fotografias da situação atual dos espaços, destacando a falta de acessibilidade e o abandono em diversas localidades. Além dos cemitérios já citados, Mogi também conta com um cemitério no distrito de Sabaúna. Segundo estimativa da Prefeitura de Mogi, cerca de 150 mil pessoas devem passar pelos cemitérios até o feriado.
Um dos principais pontos criticados por Martins é a utilização das vias de acesso dentro do cemitério para sepultamentos, já que não há espaços disponíveis em outras áreas. "É uma situação de abandono, vemos lixo, ruas que foram ocupadas por túmulos, o piso não tem condição nenhuma. Como é que uma pessoa com dificuldade de locomoção vai andar dentro do cemitério?", questionou.
Para discutir a situação dos espaços, o Legislativo mogiano criou, em julho deste ano, uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) para realizar estudos e apresentar sugestões de melhorias. O presidente da CEV, vereador Pedro Komura (PSDB), ressaltou, à época, a necessidade de fazer um diagnóstico da situação atual dos cemitérios. "Antes de propormos medidas efetivas, precisamos entender melhor os principais problemas dos cemitérios de Mogi", relatou.
A falta de espaço nos cemitérios é um assunto sempre em pauta para os vereadores. Na primeira reunião da CEV, os parlamentares discutiram a possibilidade de se criar um novo cemitério em Mogi, bem como as possibilidades de implantar um crematório e um cemitério vertical. Em setembro do ano passado, o vereador Protássio Nogueira (PSD) chegou a sugerir a implantação de um crematório. "Já passou da hora e é uma consequência natural de Mogi ter um crematório", ressaltou.