O espaço cultural "Galpão Arthur Netto" incentivou a criação de grupos de teatro e abertura de outras casas culturais em Mogi das Cruzes e região. Um exemplo é o Casarão da Mariquinha, que inaugurou em 2014 e, no início desse ano, encerrou suas atividades na rua Alfredo Cardoso, no centro. 
O Galpão foi um dos primeiros locais a oferecer teatro e circo na cidade, ação determinante para que a arte tivesse  visibilidade. "A oficina de teatro do Galpão influenciou na minha bagagem cultural. O conhecimento em relação a exercícios teatrais e a direção contribuiu muito para a minha formação de ator. É algo que vou levar para minha vida", afirmou o estudante Fabrício Policarpo, de 19 anos, que começou na turma de teatro para adolescentes e depois foi para a turma de adultos. "O Festival Internacional de Teatro que eles organizaram foi uma das coisas mais lindas que eu já vi", relembrou Policarpo.
Há algum tempo, o espaço já sofria com a falta de recursos financeiros para gerir suas atividades. O estudante Luiz Fernando Andrade, 22, participou da oficina de circo e conta que os próprios alunos se mobilizavam para gerir o espaço. "Quando iniciei as aulas, em agosto do ano passado, a situação já estava complicada. Os alunos se empenhavam bastante para manter o local "vivo"", disse. A dificuldade era tamanha que os alunos tinham de se preocupar com assuntos básicos, como alimentação. "As vezes tínhamos de passar o dia todo lá para ensaiar e nos organizávamos para que cada um levasse um prato. Antes, o Galpão tinha condições de bancar alimentação para os alunos", relatou.
Além das oficinas de teatro e circo, todos os finais de semana o espaço recebia alguma apresentação artística, a maioria gratuita. Para Andrade, o fim das atividades é uma grande perda. "Era uma forma dos mogianos terem acesso fácil à cultura", completou.
Nesses 13 anos de existência o espaço passou a contar com o apoio do Programa de Fomento à Arte e Cultura (Profac). 
*Texto supervisionado pelo editor.