O Hospital Municipal de Mogi de Cruzes (HMMC), no distrito de Braz Cubas, não vai mais prestar serviços de atenções básicas, como as especialidades de ginecologia e atendimentos de clínico geral. A informação foi confirmada ontem pela prefeitura durante audiência pública da Secretaria de Saúde realizada na Câmara Municipal.
O hospital, que atualmente oferece diversos atendimentos, deve ter seus serviços reduzidos somente para casos de alta complexidade, como cirurgias e procedimentos mais avançados. Os serviços de baixa complexidade serão transferidos para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Alto do Ipiranga e de Braz Cubas, mas ainda sem previsão de data.
Segundo a prefeitura, a decisão de transferir os atendimentos é do Ministério da Saúde, que apontou que os hospitais municipais não podem mais realizar atendimentos de baixa complexidade.
Durante a audiência realizada ontem na câmara, o secretário de Saúde, Francisco Bezerra, também apresentou o balanço das principais atividades e atendimentos realizados no segundo quadrimestre deste ano e anunciou a entrega de seis novas ambulâncias, sendo quatro para a Central de Urgências Remoção e Emergências (Cure) e duas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O vereador Cláudio Miyake (PSDB), presidente da Comissão Permanente de Saúde e Assistência Social da câmara informou que a cidade teve um aumento do percentual obrigatório para os gastos com a saúde. Segundo o parlamentar, o município apresentou R$ 158 milhões empenhados ou reservados para efetuar um pagamento planejado e R$ 119 milhões que foram liquidados ou pagos durante os meses de maio, junho, julho e agosto deste ano.
Pró-Saúde
Na audiência pública estiveram presentes funcionários e diretores da Organização Social (OS) de Saúde, a Pró-Saúde. A empresa deixou de gerenciar o HMMC e ainda não quitou as rescisões e nem deu baixa na carteira de quase 400 funcionários do hospital.
No entanto, ao contrário do que o parlamentar Miyake havia apontado na semana passada, em nenhum momento da audiência o caso foi debatido entre os presentes. Segundo o secretário Bezerra, a justificativa é que o assunto não está sob os cuidados da Secretaria de Saúde, mas, sim, da Secretaria de Gestão.
*Texto supervisionado pelo editor.