Thais acredita que a conexão que a Guarda Municipal mantém hoje com a sociedade mogiana é primordial dentro do processo de segurança pública. A chefe da corporação, que já foi comandante da equipe da Ronda Escolar, relata que, no ano passado, esta confiança mútua entre guarda e a comunidade salvou três meninas (de 5, 7 e 11 anos) que eram abusadas em casa pelo padastro. "Foi uma professora que chegou para nós e disse que estava desconfiada deste abuso. No mesmo dia, resolvemos tudo porque uma das meninas estava em cárcere privado. É uma ocorrência triste, mas foi satisfatória demais saber que conseguimos libertar aquelas meninas", recordou.
O mesmo ocorre com a Patrulha Maria da Penha. Atualmente, Thais explica que há um cerco montado contra os agressores de mulheres em Mogi. "Nós temos 380 mulheres recebendo acompanhamento com medida protetiva. Desde o ano passado, já fizemos 33 flagrantes. Tudo isso tem surtido efeito e são as próprias mulheres que acabam procurando a guarda", explicou.
Por dia, a corporação recebe da Justiça duas medidas protetivas para acompanhar. "Temos nove pessoas trabalhando hoje na patrulha e, para dar conta desta demanda, fazemos um trabalho de gestão. Estas mulheres têm um contato direto conosco. Tudo é mapeado. Agressor aqui não tem vez", anunciou.
Para Thais, sua principal missão dentro da corporação é saber que ela, a cada dia, dá o seu melhor em prol da segurança de Mogi das Cruzes. "Precisamos dar espaço para outras pessoas virem para cá e fazer coisas diferentes. Cada um tem um jeito de liderar. E quando eu sair, tenha certeza de que dei o meu melhor e terei muita coisa para contar", finalizou a comandante.