O segurança Michel Flor da Silva, de 28 anos, acusado de matar a adolescente Rayane Paulino, de 16 anos, será julgado hoje a partir das 13 horas pelo tribunal do júri no Fórum Criminal de Mogi das Cruzes, localizado no distrito de Braz Cubas. Em janeiro deste ano, o acusado passou por uma audiência de custódia, onde a Justiça decidiu levá-lo à júri popular. O réu é acusado de homicídio qualificado, estupro qualificado e ocultação de cadáver. Os familiares de Rayane esperam pela condenação de Silva. Já o advogado do acusado diz que seu cliente está arrependido do que fez. "Ele pede desculpas aos familiares da Rayane", contou ontem à reportagem o advogado Wagner Arcanjo.
A defesa não irá brigar pela absolvição direta do réu, conforme informou o advogado, já que, de acordo com ele, há negativa para os crimes de ocultação de cadáver e estupro. "Ele é réu confesso do crime de homicídio, porém há negativa dos crimes imputados de ocultação de cadáver e estupro, mas há a possibilidade de absolvição", explicou Arcanjo.
Atualmente Silva está detido na penitenciária Parada Neto, em Guarulhos. O pedido foi feito pelo delegado do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, Rubens José Ângelo, à 2ª Vara Criminal da cidade. O delegado será testemunha de acusação.
O caso
O corpo de Rayane foi encontrado em estado avançado de decomposição por moradores do bairro Lambari, em Guararema, próximo à rodovia Ayrton Senna. Ela estava desaparecida depois de sair de uma festa em um sítio no bairro do Botujuru, em Mogi.
De acordo com a Polícia Civil, a jovem decidiu deixar a festa sozinha e retornar para a casa, entretanto, caminhou no sentido para Guararema e não Mogi. No caminho, um motorista de aplicativo que passava pela estrada a abordou e questionou o motivo pelo qual ela estaria ali sozinha. Na ocasião, ele deu uma carona para Rayane e a deixou no terminal rodoviário de Guararema. Foi lá que Silva a abordou, dizendo que a levaria para Mogi.
Em depoimento, o segurança ressaltou que Rayane disse que "ainda queria curtir". Por isso, mudou a rota, dizendo que havia uma festa em Jacareí. Silva também contou à polícia que ele e a jovem se beijaram e tiveram relações sexuais. Para a polícia, o assassinato da jovem aconteceu dentro do
carro.