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As batalhas de poesia, ou Slam Poetry, são um movimento que surgiu em Chicago, nos Estados Unidos, na década de 1980, e, aos poucos, foi se espalhando pelo mundo. No Brasil, a atividade começa a ganhar forma, mas o número de Slam's cresce a cada ano, inclusive na região. Itaquaquecetuba e Poá começam a entrar em cena com os Slam's Equilíbrio Coletivo e Sujeira.
A competição possui uma regra universal: os poemas devem ser autorais. No mais, em cada batalha os poetas, em sua maioria independentes, imprimem a sua característica, voz e ritmo em suas apresentações, que duram em média três minutos. Lucas Afonso é o atual campeão brasileiro de Slam, mas não é o primeiro. "Foi a ida do poeta Emerson Alcalde para a França, em 2014, que me motivou a entrar nesse universo das batalhas de poesias", conta.
O slammer teve um 2015 glorioso. Ele se classificou para a final do Slam do 13, Slam do Grito, Slam do Corre, Slam Função, ZAP Slam, Slam Resistência, mas foi ao vencer a final do Slam da Guilhermina que ele conquistou a vaga para o Slam Brasil, que reúne representantes de vários Slam's.
Afonso, que é apresentador do "Slam da Ponta" desde fevereiro do ano passado e faz parte do coletivo "Filhos do Ururaí", embarca para a França em maio para representar o Brasil na Copa do Mundo de Slam. "Já estou satisfeito pela oportunidade de realizar esse intercâmbio e por encontrar com poetas e poesias de vários lugares do mundo, mas confesso que anseio pelo título. Já pensou?", aspira.
O poeta acredita que a sua ida à França vai fortalecer o movimento no Brasil e que será uma oportunidade para os Slam's ganharem visibilidade no cenário cultural. "Acredite no que você faz com amor. A luta continua", finaliza. (K.C.)
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