Entre os dias 10 de novembro e 8 de dezembro, a artista visual Juliana dos Santos ministrará, das 19 às 22 horas, o curso "A Representação do Negro nas Artes Visuais" no Sesc Vila Mariana. Dentro do projeto "Sankofa - Memórias de Mão Dupla", os encontros buscarão levantar questões sobre a representação das pessoas negras em diversos momentos das artes plásticas. As inscrições, que custam R$ 17 (inteira) e R$ 8,50
(meia-entrada) estão abertas e podem ser feitas na Central de Atendimento da unidade, que fica na rua Pelotas, 141, na Vila Mariana, em São Paulo. Mais informações pelo telefone 5080-3000.
Com o apoio de textos e debates, serão propostos exercícios práticos que auxiliem na percepção e desconstrução de estereótipos do lugar do negro na arte. Além disso, com a apresentação de obras e de artistas pretende-se ampliar a compreensão do lugar das populações negras nas artes plásticas e o hibridismo nas linguagens artísticas afro-brasileiras.
Juliana dos Santos, artista visual e mestranda na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, atualmente é arte/educadora no Museu Afro Brasil. Sua produção artística engloba ações e intervenções em espaços públicos. Ela também utiliza técnicas e procedimentos híbridos com foco nas linguagens bidimensionais, como fotografia digital e analógica, desenho e técnicas de reprodução de imagem e o corpo negro e a performance. Juliana é co-coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Afro-Americanos (Nepafro).
O Projeto "Sankofa - Memórias de Mão Dupla" chega à sua segunda edição em novembro. As primeiras atividades foram realizadas em outubro do ano passado. No cerne das ações e atividades programadas para este mês, a revitalização e revalorização das contribuições do continente africano para a cultura brasileira e para o universo da cultura negra diaspórica, a partir da ideia de memórias de mão dupla.
O próprio nome do projeto já enuncia suas intenções, ao utilizar um termo que remete a um ideograma adinkra, da arte tradicional do povo akan do Golfo da Guiné: Sankofa associa-se às ideias de retornar ao passado para resgatar algo. Na simbologia do ideograma, encontramos os três períodos temporais: olhamos para o passado para entender o presente e construir um novo futuro, um futuro diferente.