Trinta e quatro mil palmeirenses mantiveram a respiração suspensa até o último segundo, mas, no final, soltaram um grito único de "Palmeiras". Em um jogo elétrico e emocionante ontem, com a dificuldade e o sofrimento que se anunciavam, a equipe venceu o Internacional por 3 a 2 - chegou a abrir 2 a 0 -, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, e se tornou semifinalista da Copa do Brasil. O adversário agora será o Fluminense.
Curiosamente, foi sobre o Fluminense que o Palmeiras iniciou a sua ascensão recente de seis jogos de invencibilidade, incluindo o Brasileirão e a Copa do Brasil. No último jogo contra o time carioca, goleada por 4 a 1 no estádio do Maracanã, no Rio.
Desde o início do jogo, o Palmeiras quis confirmar o bom resultado do primeiro jogo (1 a 1, em Porto Alegre). Os gritos de "Palmeiras" eram um mantra de 34 mil pessoas e sua repetição quase religiosa levou o time ao ataque. Foi assim desde o primeiro escanteio, que não deu em nada e morreu em tiro de meta, até o primeiro gol.
Neste trajeto, foram apenas sete minutos de espera. Bastou o segundo escanteio para o Palmeiras colocar em prática a sua jogada mortal: a bola aérea. Após cobrança de escanteio de Zé Roberto, o zagueiro Vitor Hugo cabeceou de olhos abertos. Foi seu sétimo gol no ano.
Mesmo à frente, o time da casa corria riscos porque esteve instável. Aos 20 minutos, o Robinho
E após boa jogada, Lucas foi derrubado por Alex. Pênalti. Lance polêmico, que uns marcariam; outros, não. Aos 38 minutos, Zé Roberto bateu com categoria e fez o segundo.
A vantagem, no entanto, tinha um quê de enganoso. O técnico Marcelo Oliveira trocou Amaral por Andrei Girotto para diminuir os espaços. Não adiantou. O Palmeiras voltou desatento na marcação, errando passes na saída de bola e o Internacional voltou ao jogo. Anderson fez boa jogada individual e anotou o primeiro. E o pesadelo palmeirense se concretizou quando Alex cruzou e Lisandro López empatou. Mas o pesar durou um minuto. Na saída de bola, Allione fez ótimo cruzamento para Andrei Girotto empatar.