Um passeio. Assim foi o confronto entre João Souza, o Feijão, 89 do mundo, e Novak Djokovic, líder do ranking mundial da Associação de Tenistas Profissionais. Mesmo sem forçar o ritmo, o sérvio encontrou muita facilidade e fechou a partida de estréia do US Open, último Grand Slam de 2015, em 3 sets a 0 - parciais de 6/1, 6/1 e 6/1. O duelo aconteceu na tarde de ontem e durou apenas 1 hora e 11 minutos.
Tendo pela frente o melhor tenista da atualidade, o mogiano não mostrou tranquilidade, cometeu erros simples e em poucas oportunidades esteve próximo de suas melhores atuações.
Sacando mal, Feijão teve nas boas devoluções de Djokovic o seu grande problema. Além disso, o atual número 2 do Brasil não foi agressivo e, em vários momentos, pareceu estar intimidado com o peso do jogo que foi realizado na quadra principal do torneio disputado em Nova York.
Do outro lado, Djoko registrou números impressionantes. Com aproveitamento de 92% dos pontos conquistados no primeiro serviço, o sérvio cometeu apenas sete erros não forçados contra 27 do mogiano.
De positivo, Feijão fica com a experiência de ter enfrentado o número 1 do mundo pela primeira vez. A outra partida deste porte do atleta aconteceu em 2013, quando encarou o espanhol Rafael Nadal, então número 3 do mundo, durante o Brasil Open. Na ocasião, Feijão foi derrotado por 3 sets a 0.
"Não tive muita sorte. Conforme foi passando o tempo percebi como ele é muito superior. Difícil encará-lo logo na primeira rodada. Tinham 126 jogadores no sorteio, e cai justo com ele", lamentou o "azarado" Feijão, logo após a derrota.
Com o resultado de ontem, o tenista de 27 anos, segue perseguindo a sua primeira vitória em Grand Slam. Agora são sete jogos e sete derrotas - duas no Australian Open, duas em Roland Garros, uma em Wimbledon e duas no US Open.
O resultado negativo em Nova York também ameaça o posto de Feijão entre os top 100. Na próxima atualização do ranking da ATP, ele já deve perde no mínimo oito posições.
As próximas competições do mogiano serão as disputas de chalengers no saibro em países da América do Sul.
Já Djokovic continua na luta pelo bicampeonato do Us Open, competição foi que conquistou em 2011. Em toda carreira, Djokovic já venceu 9 Grand Slam.