Domingo (21 de setembro) é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e a região dá mais um importante passo para a qualidade de vida de crianças e adultos que necessitam de aparelhos/equipamentos de correção ou substituição de órgãos. Sem referência estadual e com demanda reprimida, o Condemat+ (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê e Região) e a AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) realizam um estudo de viabilidade para implantação de uma oficina de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares (OPMs) na unidade regional da entidade, que funciona em Mogi das Cruzes.

A AACD já oferta atendimento de reabilitação física para 10 municípios do Condemat+ (Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano), com uma média de 3.200 procedimentos por mês.

A proposta em estudo prevê a ampliação do prédio da AACD para receber a oficina de OPMs, com capacidade para atender a demanda de aparelhos dos pacientes em reabilitação física na unidade e também de outras entidades que assistem pessoas com deficiência. Entre as OPMs estão cadeiras de rodas especiais, cadeiras de banho, próteses mecânicas, goteiras, palmilhas, calçados ortopédicos, entre outros aparelhos essenciais para resgate da autonomia nas atividades diárias.

Esse modelo em estudo já funciona na AACD de Recife e Uberlândia. Nesta semana, o Conselho de Prefeitos do Condemat+ deu o aval para o avanço das tratativas com a entidade e para pactuação junto ao Ministério da Saúde, que precisa habilitar o serviço para o custeio das OPMs.

"Desde 2018 os municípios do Condemat+ já pagam para que os pacientes da região possam receber terapias de reabilitação física na AACD. No caso das órteses e próteses, a oferta de vagas pelo Estado há tempos era insuficiente e, neste ano, deixou de existir, abrindo uma lacuna que retarda e compromete a recuperação mínima da qualidade de vida das pessoas com deficiência. Por isso, o estudo de viabilidade de uma oficina regional de OPMs é prioritário para suprir o déficit que o Estado tem deixado de atender", ressalta o presidente do CONDEMAT+, Eduardo Boigues, prefeito de Itaquaquecetuba.

Um levantamento preliminar aponta que a região possui uma fila com mais de 900 pacientes aguardando por OPMs. Há casos de espera desde 2018. Isso porque em média é ofertada pela Secretaria de Estado da Saúde uma vaga por bimestre para municípios de grande porte e uma vaga por semestre para as cidades de pequeno porte, na unidade da AACD em Osasco. Desde o início deste ano, no entanto, a disponibilidade de atendimento está suspensa, sem indicação de outra referência estadual.