O médico legista Wilmes Roberto Gonçalves Teixeira faleceu nesta sexta-feira (24), aos 94 anos. Ao longo da carreira se tornou referência na área de medicina legal. foi professor universitário e médico legista chefe de Mogi das Cruzes.

De acordo com a biografia criada por Helio Begliomini, no site da Academia de Medicina de São Paulo, o médico legista nasceu em 8 de maio de 1930, na cidade do Espírito Santo do Pinhal (SP), e graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 1955. 

Suas pesquisas e trabalhados, reconhecidos no país e internacionalmente, foram direcionadas à identificação de corpos de difícil reconhecimento (antropologia forense); na proteção de bebês e crianças espancadas; vítimas de agressões em geral; e de mulheres violentadas sexualmente. 

Teixeira foi um dos pioneiros no Brasil na abordagem da síndrome do bebê espancado e na sistematização do exame de vítimas de estupro. Em 1985, foi destaque pela perícia que identificou a ossada encontrada no Cemitério de Embu das Artes (SP) como sendo a do carrasco nazista Joseph Mengele, conhecido como “Anjo da Morte”. Em 2023, lançou o livro “O Caso Mengele”.