O Alto Tietê chegou a 58 mortes por dengue em 2024, segundo dados do Painel de Monitoramento da Divisão de Dengue, do Ministério da Saúde. As cidades de Mogi das Cruzes, Itaquaquecetuba e Suzano lideraram em números de óbitos, enquanto Arujá e Salesópolis não apresentaram nenhuma morte pela doença. Neste ano não há nenhum registro de óbito, porém 28 casos são registrados como prováveis para dengue.
Mogi fechou o ano com 23 óbitos por dengue, além de 19.388 casos notificados, classificados como prováveis pelo ministério. Neste ano, a cidade possui oito casos classificados como prováveis. Em seguida vem Suzano, com 11 mortes registradas e 6.348 casos prováveis. Neste ano, existem dois registros classificados como prováveis no município.
Itaquá também se destaca em número de mortes pela doença. A cidade fechou o ano com dez mortes e 6.348 casos prováveis. Já neste ano, há um registro provável de dengue na cidade. Poá teve quatro óbitos por dengue em 2024, e finalizou o ano com 6.096 casos prováveis. Neste ano são dois casos prováveis registrados.
Ferraz de Vasconcelos teve três óbitos por dengue no município em 2024, e finalizou o ano com 8.801 casos prováveis. Neste ano são dois casos prováveis. Biritiba Mirim também chegou à marca de três mortes em 2024, finalizando o ano com 2.005 casos prováveis.
Santa Isabel registrou dois óbitos por dengue em 2024, e fechou o ano com 4.598 casos prováveis. A cidade de Guararema também teve duas mortes pela doença em 2024, além de outros dois óbitos que estão em investigação. A cidade finalizou o ano com 1.177 casos prováveis. Já neste ano, Guararema se destaca em casos prováveis, somando 13 até a última terça-feira (13).
Arujá e Salesópolis por sua vez, foram as únicas cidades do Alto Tietê que não registraram nenhuma morte pela doença. Arujá fechou o ano com 2.090 casos prováveis e Salesópolis com 363.
Projeções
A chegada do período de calor e chuvas em boa parte do Brasil, segundo o Governo do Estado, acende o alerta para o início da temporada de arboviroses, que são as doenças causadas por vírus que são transmitidas, principalmente, por mosquitos, como é o caso da dengue: transmitida pelo Aedes aegypti. A umidade combinada às altas temperaturas torna o ambiente mais propício à reprodução de insetos. Segundo o gestor médico de Desenvolvimento Clínico do Butantan Eolo Morandi Junior, os efeitos das mudanças climáticas ainda têm potencial para se acentuar, o que pode contribuir para que o mosquito se alastre para diferentes partes do território, como ocorreu na região Sul do país.
Outro fator apontado é que a volta de sorotipos da doença que já não circulavam há anos no Brasil – como os 3 e 4, que não apareciam desde 2003 e 2013, respectivamente – pode se tornar um risco latente, com potencial para provocar novos picos de casos. No entanto, 2025 pode registrar queda nos registros da doença, já que a parcela da população que já foi infectada pelo vírus nos últimos anos teria desenvolvido imunidade à doença.