A Via Dutra, no trecho entre Arujá e São Paulo, vem recebendo investimentos em obras e tecnologia, que totalizam R$ 1,4 bilhão. A informação é do gerente de Tecnologia da CCR RioSP, Cleber Chinelato, que esteve nesta quarta-feira (11) na Redação do Grupo Mogi News com integrantes da equipe de Comunicação da empresa, que é a concessionária responsável pela rodovia. Para o gerenciamento do tráfego, as pistas expressas terão a cobrança de pedágio pelo sistema free flow,
Até março de 2025, devem ser concluídos novos acessos na rodovia a partir da via expressa, que passará a ter três pistas. Entre as obras, um novo viaduto de ligação da pista expressa da Via Dutra à Rodovia Hélio Smidt, facilitando a chegada ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, além de novos viadutos para o acesso à rodovia Fernão Dias, reformulação de 27 passarelas e sete quilômetros de vias marginas no sentido São Paulo, entre o pedágio de Arujá e o trevo do Bonsucesso.
Outra novidade será o monitoramento da densidade do tráfego nas pistas expressas, com a sinalização em verde ou vermelho, levando o motorista a utilizar ou não a via de acordo com o volume de veículos.
“Todos esses acessos novos você tem uma novidade na via expressa e para a via expressa ter essa questão de gestão de tráfego você cria um sistema de tarifa, que é o sistema do free flow, que é para financiar inclusive essa própria infraestrutura”, destacou Chinelato.
Free flow
No lugar das praças como existe em Arujá, o sistema free flow prevê pórticos no trecho entre a cidade e São Paulo, com pagamento proporcional para quem acessar as pistas expressas a partir das marginais.
Segundo o gerente de Tecnologia da concessionária, o valor da tarifa ainda será definido, porém já foi estabelecido que motocicletas pagarão meia tarifa; carros de passeio, uma tarifa; veículos comerciais de 2 a 3 eixos, duas tarifas, e a partir de 4 eixos, 4 tarifas. Os veículos com TAG (dispositivo eletrônico de cobrança automática) terão 5% de desconto.
Os pórticos do sistema contam com sensores e câmeras que detectam a TAG ou capturam as placas daqueles que não contam com o equipamento, utilizando inteligência artificial para maior assertividade na detecção dos veículos. A cobrança, no caso da TAG, é feita diretamente na fatura da operadora, e para os veículos sem TAG, a tarifa deve ser paga em até 30 dias nos canais de autoatendimento disponibilizados pela concessionária, como o site ou aplicativo, informando o número da placa. No caso de não pagamento no período estabelecido, a autuação caberá à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pelas rodovias federais.
Crescimento
Uma novidade no Brasil, segundo o gestor, o free flow já é utilizado há 20 anos no Chile, e há mais de 30 anos na Europa. A concessionária, inclusive, foi pioneira na implantação do sistema em um ambiente regulatório experimental da ANTT, no trecho que administra na rodovia Rio-Santos (BR-101), entre Ubatuba e o Rio de Janeiro, com os pórticos substituindo as três praças previstas no projeto.
“Isso já está se espalhando e a gente acredita que nos próximos cinco anos a gente vai ter um boom de cobrança desse nível, sem mexer na fluidez do cliente, com passagem totalmente sem atrito”, afirmou Chinelato. Novos contratos de concessão de rodovias já preveem o sistema free flow no lugar das praças de pedágio.
O projeto da CCR RioSP é manter os dois sistemas, segundo o gerente de Tecnologia, com o diferencial de até 2026 as praças de pedágio não trabalharem mais com dinheiro. “Estamos colocando uma tecnologia cada vez mais nova de atendimento e tem o autoatendimento também. A praça de pedagio é uma experiencia que a gente pode melhorar”, salientou.
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