Mais de 60 propostas foram decididas na primeira Conferência dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, realizada no último sábado (7), em Mogi das Cruzes. Com tema “Construindo a Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+”, o evento reuniu cerca de 40 pessoas da sociedade civil e do poder público, no Polo de Inovação e Projetos Avançados, o Pipa Hub. 

As propostas da Conferência contemplaram quatro eixos temáticos: Enfrentamento à violência LGBTQIA+; Trabalho digno e geração de renda à população LGBTQIA+; Interseccionalidade e internacionalização; e Institucionalização da Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+. Além disso, foram eleitos delegados para representar Mogi na Conferência Estadual dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, em São Paulo. Alexandra Braga, Mih Freitas, Mariana Cecilio, Anita Camilo, Roberto Fukumaro, Edrei Freitas,  Eros Nascimento e Vinícius Martins serão representantes da sociedade civil, e a vereadora Inês Paz Celeste Xavier, Osni Damásio e Ana Prigio e vão representar o poder público.

Segundo Alexandra Adriana Braga, fundadora e vice-presidente do Fórum Mogiano LBGT, mais de 60 propostas foram decididas, entre elas a criação de um serviço/órgão para monitoramento e divulgação das violências contra a população LGBTQIA+ e responsabilização das pessoas que cometeram a violência; criação de um Selo Municipal para empresas e instituições de ensino que contratem pessoas LGBTQIA+, promovendo um espaço de trabalho acolhedor e de permanência; e a criação de um Fundo Municipal, vinculado ao futuro Conselho, para fomento de políticas públicas para população LGBTQIA+, com recursos oriundos da destinação de Imposto de Renda.  

O evento foi um passo importante para comunidade, de acordo com Alexandra: “Foram discutidas políticas públicas necessárias para população LGBT+ de Mogi, no âmbito municipal, estadual e nacional. Isso foi importante para poder pontuar e fomentar as políticas públicas para a população LGBT que ainda é inviável nas políticas municipais, com foco na criação no Conselho LGBT”. 

O foco para o próximo ano, segundo Alexandra, será na criação do Conselho Municipal LGBT e de projetos que garantam trabalho, educação e saúde, mas ainda são muitos os desafios. “Mas não vamos desistir de dialogar e cobrar, políticas públicas às demandas vulneráveis”, finalizou. 

*Texto supervisionado pelo editor.