A Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes conquistou a certificação no Programa de Qualidade em Mamografia (PQM), do Instituto Nacional do Câncer (Inca)/Ministério da Saúde. É o único hospital do Alto Tietê com este certificado. São realizados cerca de 1,2 mil exames de mamografia realizados por mês, em média, pelo hospital. Do total, algo em torno de 90% das pacientes recebem a assistência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto as demais são de convênios e particulares. 

O certificado concedido à Santa Casa, que tem o nome oficial de Hospital Nossa Senhora Aparecida, apresenta validade de três anos, contados a partir de outubro. É assinado pelo diretor-geral do Inca, Roberto de Almeida Gil, por Ana Maria Campos de Araújo e Sônia Maria da Silva, respectivamente, consultora técnica e responsável técnica do PQM. 

Os serviços de mamografia são desenvolvidos no Centro de Diagnóstico por Imagens (CDI), instalado no térreo da Santa Casa. Trata-se de um espaço cuidadosamente projetado para oferecer ao paciente conforto, qualidade e segurança. O investimento em tecnologia, com aparelho de mamografia de última geração, permite diagnósticos de câncer de mama que tenha pequenas dimensões, ainda em estágio inicial, elevando significativamente as chances de tratamento e de cura. 

A equipe altamente capacitada também contribuiu para que a Santa Casa de Mogi recebesse a certificação do Inca, com corpo clínico formado por radiologistas dedicados à imaginologia mamária. Ao mesmo tempo, conta com um time de médicos experientes e preparados para oferecer assistência baseada no tripé de eficiência, carinho e humanização.

Alta tecnologia

A mamografia realizada na Santa Casa de Mogi também foi pensada para aliviar o desconforto durante o exame. O aparelho de última geração reduz de forma expressiva o desconforto causado pela compressão necessária à realização da mamografia, já que é adaptado à anatomia da mulher. O mamógrafo Inspiration Prime, da Siemens, é dotado de evolução tecnológica que permite a captação de imagens em alta definição com menor tempo de exposição ao exame e com 30% a menos de radiação no organismo. 

A tecnologia de tomossíntese de alta definição proporciona a detecção mais ágil e precisa por meio de imagens 2D e 3D com alta nitidez, exibindo o tecido e a morfologia da lesão. Já a tecnologia Empire, também presente no mamógrafo, é a inteligência de algoritmos que filtram e organizam possíveis falhas na imagem, como granulações ou pontos em movimento, possibilitando que o exame tenha menor duração e, portanto, menos incômodo. 

Além de otimizar o tempo de pacientes e equipe assistencial, a redução de 30% de emissão de radiação durante o exame é um dos fatores em evidência no mamógrafo. Ou seja, o exame é assertivo emitindo menos radiação que, em excesso, pode alterar o sistema imunológico e enfraquecer o corpo. O diagnóstico ocorre com o auxílio de software destinado à leitura das imagens, que podem ser armazenadas e compartilhadas com o especialista em tempo real por meio de uma tecnologia ligada à nuvem e ao sistema de prontuário eletrônico da Santa Casa. 

Na Santa Casa, há um cuidado extra com o acolhimento das pacientes, já que a mamografia é um exame que costuma gerar receio. Pesquisas indicam que cerca de nove entre dez exames são feitos quando a mulher não tem sintomas. Os avanços tecnológicos implementados no hospital incentivam maior adesão das mulheres ao controle periódico da mama. O Ministério da Saúde recomenda o exame a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Para mulheres de alto risco, a recomendação é anual a partir dos 35 anos. 

A Santa Casa realiza os exames de mamografia de pacientes SUS encaminhadas pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, assim como pela equipe médica do hospital para mulheres atendidas no ambulatório de especialidades. Igualmente, presta o serviço sob demanda médica de convênios e particulares. As imagens são disponibilizadas às pacientes imediatamente após o exame, enquanto a emissão dos laudos ocorre em quatro dias, havendo a possibilidade de agilizar para até dois dias, dependendo da urgência. Nos casos em que o profissional solicitante não integra o corpo médico próprio, o documento é enviado ao paciente, por Whatsapp ou e-mail. 

A emissão dos laudos está a cargo da Assemed Laudos – comandada pelo responsável técnico do CDI, médico radiologista José Fernando Denardi, e pela médica Kátia Denardi – que atua sob as mesmas rígidas normas de qualidade em vigor na Santa Casa de Mogi. É uma central de laudos que atende hospitais, clínicas médicas, instituições e organizações de saúde com o que há de mais moderno e seguro em laudos à distância. 

O Programa

Instituído em 2012, o Programa de Qualidade em Mamografia desenvolve ações nacionais para aperfeiçoar a qualidade das mamografias, no contexto das medidas de detecção precoce do câncer de mama. O objetivo principal é garantir a qualidade dos exames de mamografia realizados no Brasil em todas instituições que prestam este serviço à população, estando ou não vinculados ao SUS. Compete ao Inca a verificação da qualidade da imagem nos serviços de mamografia, assim como a verificação dos laudos médicos associados. 

Foi a primeira vez que a Santa Casa de Mogi das Cruzes participou do processo de avaliação para a certificação, desde que investiu em estrutura própria para equipar suas instalações, em outubro de 2023. A iniciativa da gerente do CDI, Sandra Maria dos Anjos, visava coroar a série de ações da Santa Casa mogiana no setor de atendimento de excelência. Ela estudou as especificações do programa e constatou que o hospital apresentava plenas condições de certificação, com protocolo que abria um leque de possibilidades. 

"Essa conquista reflete nosso compromisso com a excelência e a segurança no atendimento às nossas pacientes, garantindo que nossos serviços estejam alinhados aos mais altos padrões de qualidade. Agradeço a dedicação e o empenho de toda a equipe, que tornaram isto possível! Continuaremos trabalhando para manter e aprimorar a qualidade dos nossos serviços", comemora Sandra, ao revelar que o processo de auditoria começou no final de junho último. 

Ao longo da auditoria, o PQM monitora instrumentos de garantia da qualidade da imagem, do laudo/diagnóstico e da dose de radiação empregada (controle de risco); implementa um sistema automatizado de coleta, processamento e gerenciamento de informações; e verifica a qualificação dos recursos humanos dedicados ao serviço, dentre outros itens.