Referência para todo o Alto Tietê, Mogi das Cruzes completa neste 1 de setembro, 464 anos. Considerada uma das cidades históricas do Brasil, tudo começou, como destaca as informações do site da Prefeitura de Mogi. Em 1560, o local era um ponto de descanso do bandeirante Braz Cubas, assim como outros que como eles desbravavam as matas do Estado. 

A localidade às margens do rio Tietê, então Rio Anhembi, passou a ser povoado e foi elevada à “Vila de Sant’Ana de Mogi Mirim” em 1 de setembro de 1611. Sant’Anna, aliás, é a padroeira da cidade, celebrada todo dia 26 de julho. Apontada como a avó de Jesus na tradição católica, a data também marcada pelo Dia dos Avós. 

Em mais de 400 anos, a cidade cresceu e também abriga a mais antiga e tradicional Festa do Divino Espírito Santo do país, completando mais de 411 anos. Sua existência, de acordo com informações da Festa, está registrada em uma ata da reunião da Câmara Municipal de 4 de maio de 1613. 

Destaque para seus edifícios históricos, como a antiga Estação Rodoviária, na região central da cidade. Segundo o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e Paisagístico de Mogi das Cruzes (Comphap), inaugurada em 31 de maio de 1941, foi a primeira obra do gênero no eixo Rio-São Paulo a ser construída e teve como motivação a urbanização proporcionada pela estrada de rodagem São Paulo-Rio de Janeiro. O local tem características do Estilo Art Deco, numa linguagem arquitetônica marcada pelo uso de ornamentos geométricos, pela verticalidade, formas arredondadas e composição simétrica. 

Destaque ainda para o Casarão do Chá, ponto turístico da cidade, é representativo da imigração japonesa no Brasil, que marca a história de Mogi. A edificação, projetado por Kazuo Hanaoka, em 1942, para abrigar uma fábrica de chá, utiliza elementos construtivos ocidentais - telhas marselha, esquadrias, taipa de mão - e soluções formais inspiradas na arquitetura dos castelos e templos do Japão.

Remontando ao século XIX, a cidade tem o Casarão do Carmo, na região central, próximo da Igreja da Ordem Terceira, exemplar da arte religiosa do fim do século XVIII. O Casarão abriga o Museu Visconde de Mauá e a Sala Clarice Jorge para apresentações artísticas e encontros culturais.