Nascido em Suzano, o engenheiro de produção Tiago Azevedo, que foi professor de inglês e morou em Poá, foi uma das 62 vítimas fatais na queda do avião da Voepass, na tarde da última sexta-feira (9), em Vinhedo, no interior de São Paulo. Ele faria 41 anos na próxima semana, morava atualmente em São Paulo, e deixa a esposa Carla e o filho Dante, de 7 anos. 

A psicoterapeuta Evatânia Azevedo, mãe de Tiago, comunicou a perda do filho em uma postagem nas redes sociais no início da manhã de sábado. 

“Meus amigos queridos. Estou aqui para pedir luz e amor para mim e minha família. Estou com meu filho Bruno, meu netinho Dante, minha nora Carlina necessitando de luz e amor. Meu filho Tiago Azevedo não sobreviveu ao acidente de avião de ontem. Estou num hotel que a companhia aérea indicou desde ontem a noite. Preciso que envie luz e amor. Acredito que Tiago está lá tentando ajudar os outros feridos também precisando de luz e amor. Não deixaram eu ir até lá. Por isso estou aqui esperando. Aqui está escuro preciso de luz e amor”, disse na postagem. 

O prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi e o pré-candidato à Prefeitura de Poá, Saulo Souza, também lamentaram a morte de Tiago em suas redes sociais: 

“É com muita tristeza que lamento profundamente a perda do professor de inglês Tiago Azevedo no desastre aéreo ocorrido ontem em Vinhedo (SP). Tiago é natural de Suzano e vinha em uma trajetória de trabalho que, infelizmente, foi interrompida aos 40 anos. Envio minhas sinceras condolências à sua mãe Eva Tânia e a todos os amigos e familiares. Que Deus conforte os corações e receba Tiago em sua infinita misericórdia!”, escreveu Ashiuchi. 

“Nossos corações estão com sua esposa Carla, seu filho Dante, de apenas 7 anos, sua mãe Eva, seu irmão Bruno, e todos os seus familiares e amigos. Que Deus conceda força e consolo a todos nesse momento de profunda tristeza, luto e dor”, destacou Saulo. 

Retirada das vítimas 

O Corpo de Bombeiros, segundo o Governo do Estado, concluiu os trabalhos em Vinhedo, no local do acidente na noite de sábado (10), após a retirada das 62 vítimas. Os escombros permanecem no local sob responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Todos os corpos já estão no IML Central de São Paulo, que segue com atendimento ininterrupto às vítimas do acidente aéreo. De acordo com o governo do Estado, são cerca de 40 profissionais entre médicos e equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia. As demais ocorrências que seriam atendidas no local estão sendo direcionadas para as unidades do IML nas zonas leste e oeste, que funcionarão 24 horas. O IML na zona norte também prestará apoio, durante o dia, para casos de clínica médica.

Os familiares foram orientados sobre a entrega de documentações médicas que possam auxiliar na identificação dos corpos, além da coleta de materiais biológicos para a realização de exames genéticos, quando necessário. Até o momento, dois corpos foram identificados. As famílias serão as primeiras a serem comunicadas sobre o avanço dos trabalhos de reconhecimento.

O Governo de SP reservou acomodações em um hotel para os familiares das vítimas que chegam à capital para o reconhecimento dos corpos. Trinta e oito famílias já foram recebidas e são atendidas no local.

O Estado de São Paulo decretou luto oficial de três dias em homenagem às 62 vítimas que estavam em um voo de Cascavel (PR) com destino ao aeroporto de Guarulhos, sendo 34 homens e 28 mulheres.