A EDP, distribuidora de energia elétrica de Guarulhos, Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, alerta para os riscos de graves acidentes provocados pela queda de balões sobre a rede elétrica. Entre janeiro e junho deste ano, foram registradas 12 ocorrências em toda a área de concessão, com prejuízos diretos a mais de 2.450 clientes. Apenas no Alto Tietê, foram 5 registros, impactando 848 clientes. No mesmo período do ano passado, os registros foram de 13 ocorrências que impactaram 1.612 clientes. 

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Soltar balões, crime previsto no Código Penal Brasileiro, também oferece riscos à segurança e traz prejuízos ao fornecimento de energia quando um balão cai sobre a rede elétrica. O impacto varia de acordo com a localidade da queda e dos equipamentos danificados.

Tecnologia

Em muitos casos, a tecnologia do Centro de Operações Integrado (COI) da EDP ajuda a reduzir o impacto aos clientes por meio de manobras automatizadas no sistema de distribuição de energia, porém os transtornos provocados por esse tipo de ocorrência são grandes e também podem causar acidentes, deixando hospitais, escolas, residências e empresas sem energia, além de incêndios.

Em caso de acidentes relacionados à rede elétrica de ruas e avenidas nunca se aproxime do local. Fale imediatamente com a EDP, pelos canais de atendimento:

  • - EDP Online no www.edponline.com.br;
  • - Aplicativo EDP Online;
  • - Whatsapp EDP: (11) 93465-2888;
  • - Central de atendimento por telefone (0800 721 0123);
  • -  Agências de atendimento presencial;

Estado 

Os registros de incêndios causados por queda de balão triplicaram no Estado de São Paulo em 2024. Entre janeiro e julho, o Corpo de Bombeiros atendeu a 15 ocorrências do tipo, enquanto no mesmo período do ano passado foram cinco casos.

Com isso, somente nos seis primeiros meses deste ano, o número de incêndios ocasionados por balão praticamente igualou o de todo o ano de 2023, quando 16 ocorrências foram registradas pela corporação.

Soltura de balão gera riscos à população e ao meio ambiente

Os balões são produzidos com um material inflamável e, por isso, quando caem podem causar incêndios de grandes proporções em florestas, casas e edificações. Desde 1998, a prática é considerada crime, prevista na Lei nº 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, ou multa de, no mínimo, R$ 10 mil.

O delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, conta que a Polícia Civil já realizou diversas operações contra esse tipo de prática, que aumenta nos meses como junho e julho, por causa das comemorações do dia de São João.

“Quem solta não tem ideia das consequências que isso pode gerar”, ressalta, ao lembrar dos riscos que ainda causa à aviação. “Imagina o piloto estar decolando e, do nada, se deparar com um artefato desses. Vira um momento de tensão”.

Operação SP Sem Fogo

A Operação SP Sem Fogo, do Governo de São Paulo, está desde junho na fase vermelha, em que as ações de prevenção e combate a focos de incêndio, incluindo a repressão à soltura de balões, é intensificada. O reforço nas ações ocorre durante o período mais seco do ano, que vai até outubro.

A iniciativa é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta com iniciativas e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).