No Dia do Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (05/06), as cidades da região destacam as ações que estão sendo adotadas para evitar desastres naturais, como enchentes e desmoronamentos, e reduzir os riscos para a população.

Em Guararema, onde o mapeamento feito pelo governo federal apontou que a cidade apresenta risco de a deslizamento, enxurrada inundação, a prefeitura realiza trabalhos prévios para minimizar os impactos causados pela chuva, como limpeza de rios, córregos, poda de árvores, dentre outras ações como medidas de conscientização e prevenção contra a ocupação de áreas de riscos e ainda levantamento habitacional que abrange não apenas demandas voltadas à moradias, mas também, mensuração de áreas e a conscientização da população sobre este tema.

 “Além disso, neste momento todo o efetivo da administração está focado na realização de um estudo para a realização de obras de redução de impacto de enchentes em todo o município, com foco no bairro Nogueira. Este estudo está sendo elaborado junto ao Governo do Estado, por meio da Superintendência do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). Um edital para a contratação de empresa para estes fins foi publicado em 2022 e está em fase de elaboração uma série de propostas para a macrodrenagem da região e com subsídios técnicos para a redução de impactos decorrentes de eventos pluviais extremos”, detalhou, em nota. 

Também na lista das cidades suscetíveis a desastres naturais, Suzano, assim como Guararema, foca no monitoramento dos locais abrangidos pelas 45 áreas de risco existentes hoje na cidade pela Defesa Civil e também serviços diversos do dia a dia e conforme a necessidade, principalmente desobstrução de bueiros, reformas de galerias, limpeza de valas de drenagem, desassoreamento de rios e córregos e limpeza urbana, por parte da Secretaria de Manutenção e Serviços Urbanos.

Além disso, em 2023, a Secretaria de Segurança Cidadã preparou o Plano Municipal de Contingência da Defesa Civil (Plamcon) de Suzano. “O objetivo é que seja ativado em qualquer circunstância que indique algum risco para as áreas que são previamente monitoradas pela administração municipal, tanto em pontos situados nos locais de encostas como em margens de rios. Para estas e outras ocorrências, quer estejam incluídas ou não no mapeamento, são acionadas todas as outras secretarias municipais relacionadas ao suporte à população, como Assistência e Desenvolvimento Social”, ressaltou, em nota.

Ao mesmo tempo, está em andamento a elaboração do mapeamento das ilhas de calor e do sistema de áreas livres e verdes da cidade.  São dois trabalhos desenvolvidos em equipes distintas que colaboram entre si. “Ambos resultarão em um conjunto de recomendações que darão suporte para adoção de medidas de controle de ruído e de calor nas suas diferentes regiões, uma delas é a necessidade de criação de corredores verdes que liguem a região sul do município à várzea do rio Tietê, permitindo que o vento permeie a área adensada da cidade, fazendo com que a mesma seja refrigerada”, acrescentou.

Itaquá

Com 30 áreas de risco sendo monitoradas, em Itaquá conta com sirenes e alto-falantes instalados nas viaturas, além de botes para o resgate, caso haja necessidade.  O órgão sempre orienta que os moradores se mantenham atentos quanto às condições meteorológicas por meio de SMS que é enviado pela Defesa Civil e, em caso de tempestade, busque abrigo seguro. 

A cidade segue também com o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Em maio, o projeto realizou uma série de atividades que incluíram mapeamento, caminhada diagnóstica e oficina para instruir os moradores. 

“Nos últimos meses, a administração investiu mais de R$ 6 milhões no combate e prevenção de enchentes, com intervenções na infraestrutura em áreas vulneráveis a possíveis intercorrências motivadas pelas condições climáticas. Um dos feitos foi a construção do muro de contenção do Louzada, que corta as ruas Águas Formosas e Joaquim Torres dos Santos. A obra fortaleceu a segurança da região e revitalizou parte da infraestrutura comprometida por deslizamentos de terra”, detalhou a administração municipal. 

Mogi

Em Mogi, a Prefeitura contratou um estudo técnico junto ao IPT para desenvolvimento do Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), com a finalidade de mapear e intervir nas áreas mais suscetíveis a desastres com ações estruturais e não estruturais. O estudo está em fase final de conclusão e deverá apontar tanto as áreas de risco da cidade como ações a serem desenvolvidas nestes locais.

Paralelamente a isso, a administração municipal vem desenvolvendo ações preventivas para evitar problemas causados pelas chuvas. Entre os destaques estão a limpeza e o desassoreamento no trecho de 4,5 quilômetros do Rio Jundiaí, que já evitou que bairros como Oropó e Santos Dumont tivessem problemas de alagamento no último período de chuvas.

Já em Poá,  segundo o coordenador da Defesa Civil, Wilson Júnior Baptista, foram feitos acompanhamentos constantes nas áreas de risco apontadas pelo IPT. Também foi realizada  operação conjunta com a Secretaria de Obras, a fim de mitigar os riscos em áreas como córrego Paredão, córrego Açafrão e córrego Bela Vista.