Por meio de um requerimento verbal aprovado ontem, a Câmara de Mogi aprovou a convocação do secretário de Habitação Social e Regularização Fundiária, Carlos Lothar, para falar sobre o programa “Mogi, Meu Lar”. De acordo com alguns vereadores, as reuniões promovidas para tratar sobre a iniciativa estão criando uma falsa expectativa para muitos moradores que sonham em ter uma casa própria. Até mesmo a Caixa Econômica já teria solicitado que o nome da instituição bancária não fosse mencionado nos encontros a fim de evitar  confusões.

A solicitação para que o chefe da pasta venha até a Casa de Leis mais uma vez foi feita por Iduigues Martins (PT). “Meu requerimento é para esclarecer o assunto. Estão acontecendo reuniões no Cemforpe [Centro Municipal de Formação Pedagógica, no Mogilar] que têm criado falsa expectativa nos munícipes sobre a casa própria. Está sendo falado que milhares de pessoas serão contempladas. Mas isso não é verdade. As pessoas saem dessas reuniões achando que a casa própria está garantida. Esses encontros estão causando muita confusão na cidade”.

De acordo com o presidente da Casa, Francimário Vieira (PL), o Farofa, a Mesa Diretiva também está atuando para esclarecer o real objetivo das reuniões. “Vamos chamar o secretário de Habitação, de Planejamento e o superintendente da Caixa Econômica Federal. Pelo que eu soube, só existem 320 unidades habitacionais liberadas. Outros projetos deram entrada, mas ainda não foram analisados nem há previsão. A nossa mesa diretiva vai fazer convite a todos eles”.

Farofa afirmou ter recebido informações de que a própria rede bancária teria solicitado à Prefeitura de Mogi para não ser mencionada na reunião. “Ficamos sabendo que seria uma agência da região do ABC que estaria mandando mensagem para as pessoas informando sobre as reuniões e pedindo documentos. É lamentável que esteja acontecendo isso em Mogi”, pontuou.

José Luiz Furtado (PL) também criticou as reuniões, especialmente em ano eleitoral, e destacou que a mesma agência estaria aproveitando para propor a venda de apartamentos particulares para os moradores que não se enquadram no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Também descontente com a situação, o vereador Clodoaldo Moraes (PL) afirmou que a Câmara foi “atropelada” mais uma vez. “Nós não sabemos quantas reuniões aconteceram, ouvi dizer que já foram 15 e estão previstas 50 e nunca fomos convidados para nenhuma delas”, acrescentou.


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