O Fórum Mogiano LGBT+ irá promover um encontro em comemoração ao Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, celebrado nesta sexta-feira (17). O evento contará com a exibição do documentário "LGBTFOBIA: Um olhar sobre o impacto", além de roda de conversa e palestra da vice-presidente do Fórum, Alexandra Adriana Braga de Vasconcelos. O encontro gratuito será realizado das 19 às 21 horas, na livraria A Eólica Bookbar, na Vila Hélio, na região central de Mogi das Cruzes. 

📲Siga nosso canal de notícias no Whatsapp e fique por dentro de tudo em tempo real!!

Segundo Alexandra, o evento foi preparado com o objetivo de discutir estratégias para combater a LGBTfobia, além de outros temas, como a importância da representatividade LGBT+ dentro de espaços de poder público. O documentário "LGBTFOBIA: Um olhar sobre o impacto", da jornalista Estella Abreu, aborda, por meio de depoimentos, a influência da LGBTFobia durante a infância, fase fundamental para o desenvolvimento dos indivíduos LGBT+. A exibição será seguida por uma roda de conversa, voltada para o aprendizado e discussão sobre as lutas diárias que pessoas homossexuais, bissexuais e transsexuais enfrentam em seu dia a dia. A inscrição para o evento deve ser feita através de link. As vagas são limitadas. 

Para celebrar a diversidade e promover a conscientização a respeito da intolerância, o Fórum Mogiano LGBT+ também realiza, desde 2018, a  'Parada LGBT', que reúne movimentos artísticos e sociais. De acordo com o co-fundador do fórum, Gustavo Don, a comissão organizadora já se prepara para a 6ª edição da Parada e as datas devem ser anunciadas em breve. 

Dia Contra a Homofobia 

O dia 17 de maio de maio foi escolhido em referência à decisão da Organização Mundial de Saúde (OMS) de desclassificar a homossexualidade como doença, em 1990. Para Alexandra, a data é importante para reafirmar a existência da comunidade LGBT+ em uma sociedade heteronormativa, além da busca por políticas públicas que garantam que as pessoas da comunidade possam viver com dignidade e segurança. 

A vice-presidente acredita que o constante desafio da população LGBT+ é lutar para que os direitos já conquistados não sejam retirados. Segundo ela, por isso o objetivo do Fórum neste ano é reunir o maior número de candidatos LGBT+ da cidade para participar das eleições municipais, para que os espaços políticos da cidade sejam ocupados por pessoas de diferentes gêneros e orientação sexuais.

Alexandra também destacou a violência sofrida por pessoas da comunidade LGBT+. “Fico indignada em ver que as pessoas ainda precisem usar de ódio e discriminação com outras pessoas e não entendem que a sociedade é plural. Somos diversos e isso compõe a nossa sociedade. As pessoas têm o direito de ser, viver e existir da forma como elas se entendem. É intolerável e inaceitável aceitar a intolerância do outro”, comentou a vice-presidente.

Discriminação e preconceito 

Para Gustavo Don, a discriminação e o preconceito causam prejuízos emocionais e desafios para as vítimas, especialmente quando partem da própria família, levando a problemas como a evasão escolar e a dificuldade para conseguir uma oportunidade no mercado de trabalho, especialmente entre pessoas trans e travestis. Ele destacou ainda que a falta de apoio familiar pode levar pessoas LGBT+ ao uso de drogas e a desenvolver doenças como a depressão e, em alguns casos, levar ao suicídio.

O co-fundador acredita que existe um caminho para combater a intolerância: "O que acaba com preconceito e discriminação é a informação, então é preciso levar essa informação para a população em vários setores, na educação, no trabalho, na saúde. Dessa forma que eu entendo que seja possível vencer o preconceito''.


*Texto supervisionado pelo editor

 Conteúdo produzido pelo Grupo Mogi News. A reprodução só é permitida citando a fonte “Grupo Mogi News”. Plágio é crime de acordo com a Lei 9.610/98