No mês em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, a Câmara de Mogi aprovou na sessão de ontem (22) a criação de uma campanha permanente na cidade contra esse tipo de crime.

 A ação “Minha Cidade, Meu Refúgio”, proposta pela vereadora Malu Fernandes (PL), destaca a importância da conscientização, prevenção, orientação e combate ao abuso infantil e para isso indica que a campanha Maio Laranja, já realizada no país, seja ampliada para o ano todo em Mogi.

Após ler o relato escrito por uma adolescente de 16 anos que foi sexualmente abusada ainda na infância, a parlamentar destacou alguns números envolvendo esse tipo de crime. Segundo ela, por hora três crianças são abusadas no Brasil, sendo que 73% são meninas e mais da metade tem parentes e padrastos como abusadores.

“Esse é um problema que está entre nós, que é uma realidade na nossa sociedade. Nessa época do ano ele é mais debatido em função da campanha Maio Laranja, mas é um tema que precisa ser tratado e debatido o ano todo”, pontuou. A mesma opinião foi defendida pela vereadora Inês Paz (PSOL), que ressalta a necessidade de trazer o assunto também para o âmbito da educação, por meio de orientação nas escolas.

Com a aprovação do projeto, que precisa ser sancionado pelo Executivo, o município poderá promover atividades para conscientização, prevenção, orientação e combate ao abuso e exploração sexual da criança e do adolescente de forma mais abrangente com propagandas e publicidades e a utilização de recursos técnicos capazes de informar e conscientizar o maior número possível de pessoas.

 Leite humano

Após a sessão foi realizado na Câmara o evento para a entrega do Diploma Doadora de Leite Humano. Em 2023, de acordo com o Banco de Leite da cidade, 43 mulheres foram doadoras, sendo representadas nesta quarta-feira (22) pelas lactantes Jessica Tiemi Sasaki e Danielle Yura.

O vereador Edson Santos (PSD), autor do projeto de decreto que resultou na homenagem, ressaltou a importância do ato de doar e do Banco de Leite. “É uma homenagem muito importante. Foi uma maneira que a gente encontrou de despertar o interesse de mais pessoas para a doação de leite humano. Sabemos que existem muitas mães que dão à luz, mas não produzem o leite e precisam de ajuda”, ressaltou.

A secretária adjunta de Saúde, Rosângela Cunha, que também participou da homenagem, falou sobre a necessidade de divulgar o banco. “A gente precisa propagar esse trabalho que fazemos no Banco de leite. Muitas pessoas não sabem que existe esse espaço na cidade, que já vai fazer onze anos de atividade”, afirmou.


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