A saúde pública de Mogi das Cruzes foi tema de debate entre os vereadores de Mogi das Cruzes na sessão desta quarta-feira. A proposta para que o município adote o serviço telemedicina ensejou o discussão que trouxe a tona também a superlotação da Santa Casa de Mogi, os problemas de atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Botujuru, inaugurada recentemente, e ainda críticas a gestão da Secretaria de Saúde do município.

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A indicação apresentada pelo vereador Edson Alexandre Pereira (sem partido), o Edinho do Salão, destacou o atendimento remoto como alternativa para desafogar as UBSs e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) que, segundo ele, estão superlotadas também em função dos casos de dengue. O parlamentar Otto Rezende (PSD) concordou com a sugestão e chamou a atenção para a situação da UBS do Botujuru, que, de acordo com seu relato, está com apenas um pediatra fazendo o atendimento das crianças.

“Um profissional é muito pouco para atender a demanda. Não tem ginecologista e clínico geral sempre e as pessoas estão ficando mais de duras horas para conseguir um atendimento, porque o agendamento é feito para o mesmo horário com os pacientes, que são atendidos por ordem de chegada. A prefeitura tem que oferecer novas estruturas de saúde, mas precisa garantir que elas funcionem e atendam a população como ela precisa”.

O vereador José Luiz Furtado (PL), por sua vez, destacou a superlotação dos serviços de saúde públicos e privados em função da epidemia de dengue e da demanda reprimida ainda da pandemia do novo coronavírus. ”Se o tempo de espera na UBS é de duas horas, tem hospital particular informando que o paciente precisa esperar 6 horas para ser atendido. Hoje tivemos uma reunião com a direção da Santa Casa e a situação é de caos, porque é o único hospital porta aberta hoje de Mogi. É preciso entender o momento também e não apenas criticar”.

Para Otto, o problema do sistema de saúde de Mogi é a má gestão. “Nós temos equipamentos, mas não temos resolutividade. Precisamos de alguém da área à frente da Secretaria para fazer os serviços funcionarem de forma mais eficiente”, opinou.

 Reestruturação organizacional

Ainda na sessão, a Câmara aprovou o projeto de Lei apresentado pela Mesa Diretiva que trata sobre uma reestruturação administrativa do Legislativo, que abrange desde o organograma institucional até a modernização da estrutura funcional da Casa de Leis.

“Existia aqui um déficit em alguns cargos que fazia com que a Câmara não fosse atrativa para os funcionários. Com essa reestruturação nós valorizamos os servidores e trabalhar aqui passará a ser atrativo”, ressaltou o presidente da Casa, vereador Francimário Vieira, o Farofa (PL).

“Identificamos que vários servidores passavam em outros concursos e iam para lugares com condições melhores. Então foi muito assertivo dialogar com os servidores e ouvir seus pleitos e angústias”, complementou Marcos Furlan (Podemos).


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