O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes (SINTAP) organiza nova assembleia para decidir sobre greve dos servidores por meio de aplicativo de mensagem. A alternativa para convocação da categoria foi adotada, segundo a entidade, por falta de tempo hábil para a utilização do tradicional boletim. 

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De acordo com o SINTAP, na última quinta-feira, em votação por meio de assembleia, dos 395 servidores presentes, 65 (16,45%) votaram a favor da proposta de reajuste salarial no percentual de 3,15%  apresentado pela Prefeitura de Mogi e, 330 (83,55%) , rejeitaram a proposta. 

A decisão da categoria com base no resultado da votação foi apresentada ao Executivo. “Também foi solicitada a abertura com urgência de nova rodada de negociação com o intuito de tornar a oferta da prefeitura mais atrativa aos servidores, visto que se a lei eleitoral começar a vigorar, não será permitido estabelecer vantagens ou aumento na remuneração para a categoria por parte da administração municipal”, completou. 

 Foi com essa justificativa relacionada a questão eleitoral e ao prazo limitado, que o sindicato afirmou “não existir tempo hábil para convocar os servidores para assembleia utilizando boletim. Por este motivo, a categoria está levando o assunto em discussão através de aplicativo de mensagem, decidindo se uma nova assembleia deverá ser realizada para definir se o status será de greve ou não, já que a proposta da gestão municipal foi reprovada”. 

 O SINTAP destacou que aguarda um posicionamento da prefeitura e espera “que a mesma esteja empenhada em evitar uma paralisação, porém, caso não tenha diálogo, o gestor municipal (Caio Cunha) terá que conviver com o movimento paredista” 

 O Prefeitura de Mogi, por sua vez, destacou que encaminhou para a Câmara o projeto de lei com o objetivo de aprovar a Revisão Geral Anual (RGA) em estrita observância a legislação vigente e a Constituição Federal. O percentual de 3,15% diz respeito ao cumprimento legal, o mesmo critério adotado nos três últimos anos eleitorais, ou seja: 2020, 2016 e 2012. 

 “Em assembleia realizada pelo SINTAP  na terça-feira passada (19/03), os servidores, em sua maioria, votaram contra o Estado de Greve, contra a Greve, e a favor do repasse da RGA equivalente a 3,15%. No entanto, o sindicato adotou critérios desconhecidos e, dois dias depois, na quinta-feira (21/03), tentou rever algo que estava democraticamente e legalmente decidido em Assembleia”, acrescentou o Executivo, em nota. 

 Por fim, a gestão municipal reforçou que segue aberta ao diálogo junto aos servidores, "porém, sem reconhecer atitudes que têm como objetivo atender interesses individuais e políticos." 



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