Insatisfeitos com reajuste salarial de 3,15%, definido com base na lei que estabelece o índice IPC – FIPE, os servidores de Mogi das Cruzes estão em estado de greve desde a última segunda-feira (11) e podem paralisar suas atividades caso as negociações com a prefeitura não avancem. 

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De acordo com o  Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Mogi das Cruzes (SINTAP), um dos fatores da insatisfação da categoria é a questão salarial. "Apesar de estar cumprindo o que determina a lei municipal da data-base, artigo 37, no inciso X da Constituição Federal que aborda a remuneração dos servidores públicos, a prefeitura se ampara neste argumento para frear alternativas para melhorar a remuneração e benefícios da categoria. O fato é que a gestão municipal não deseja conceder aos trabalhadores nada além do que está previsto neste artigo e isso dificulta muito qualquer negociação”, pontuou, em nota.

Ainda segundo a entidade, algumas propostas foram apresentadas ao prefeito Caio Cunha (Podemos) em reunião realizada na semana passada visando equilibrar e avançar no diálogo, entre elas a extensão do vale-alimentação e fracionamento do mesmo ano a ano até conseguir atender toda a categoria;  ultrapassar os 3,15% de reposição inflacionária que a categoria tem garantido pelo artigo 37, inciso X, dividindo em duas vezes os 5,64% que a categoria tem de perdas, em razão da lei complementar 173 (pagando 3,5% agora e 2,14% em janeiro); além de iniciar a transposição de regime para os mais de 1000 servidores regidos pela CLT.

O SINTAP destaca que  os temas foram ponderados pela administração municipal, “que de imediato afirmou impossibilidade de atendê-los, mas o prefeito se comprometeu em consultar secretários E criar uma comissão de estudos para implantar a transposição de regime."

Estado de greve
Na última sexta-feira (08) foi realizada uma assembleia que apresentou todo o conteúdo da reunião com a prefeitura para apreciação dos servidores. Segundo o sindicato, mais de 300 pessoas participaram do encontro e votaram pela rejeição proposta de reajuste salarial com índice 3,15% do IPC – FIPE; bem como pelo início do estado de greve no último dia 11. Também foi marcada uma passeata a partir das 16 horas nesta quinta-feira (14) como forma de protesto e ações de panfletagem para divulgar e convidar os demais servidores para aderirem ao movimento paredista

“No momento a categoria aguarda que a gestão municipal emita algum parecer sobre a situação, esperando que seja uma via amigável para um acordo proveitoso para ambas as partes. A greve será a última alternativa”, finalizou a entidade.

Prefeitura
Questionada, a Prefeitura de Mogi destacou que "conforme reconhecido pela própria diretoria do sindicato, a atual gestão historicamente foi a que mais investiu nos servidores". Ao longo dos três últimos anos, além de aumento real no dissídio, "injustiças históricas foram corrigidas e diversas ações implementadas para valorizar o servidor, as quais geraram impacto financeiro considerável aos cofres públicos", destacou, em nota.

Segundo a administração, no momento, "não há espaço orçamentário e financeiro para atender as exigências apresentadas". Ainda assim, manterá o diálogo aberto "para que entendam e relembrem os avanços alcançados nos últimos três anos."


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