As fortes chuvas e ventania normalmente registradas durante o verão, e que atingiram a região nas últimas semanas, não são a preocupação dos agricultores mogianos, mas sim a variação de temperatura, que afeta diretamente no crescimento das frutas. A safra de caqui é uma das que podem ser prejudicadas pelas condições climáticas. 

De acordo com o agrônomo do Sindicato Rural de Mogi das Cruzes, Bruno Hayami, as mudanças de temperatura, com dias muito quentes e outros mais frios, como os registrados ao longo de janeiro, estão deixando os produtores de frutas preocupados, já que podem alterar o crescimento ou mesmo conservação dos produtos. 

“As frutas são mais sensíveis e sentem mais as mudanças bruscas de temperatura. Esse é o setor que mais sente, porque a floração e a frutificação podem ser afetadas, por isso a produção pode não ser tão grande como se imagina, inclusive do caqui, que é a fruta da época”, explicou. 

Chuvas 

Os temporais, também frequentes no último mês, felizmente não tiveram grandes reflexos nas plantações mogianas. “Os produtores já se preparam para essa época e as perdas estão sendo mínimas. Quem pode ser mais afetado são os agricultores que mantém sua plantação nas regiões mais baixas, próximas do corpo do rio Tietê, como o Cocuera, Jundiapeba e Biritiba, mas mesmo nessas áreas choveu dentro que se imaginava”, detalhou o agrônomo.

Seguro

Recentemente, a Prefeitura de Mogi ampliou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), que aumentou o percentual do valor da apólice de 10 para 20% no último ano.  A iniciativa oferece ao agricultor a oportunidade de segurar sua produção diante das mudanças climáticas com custo reduzido, por meio de auxílio financeiro da administração municipal, ao lado de subvenções já garantidas pelos Governos Federal (que contribui com 40%) e Estadual (30%). 

 No total, a cidade conta com cerca de 2,1 mil agricultores que cultivam diferentes alimentos ao longo de 25 mil hectares.


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