Após determinação da Justiça do Trabalho, a General Motors (GM) cancelou as 1,2 mil demissões anunciadas nas fábricas de Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul e São José dos Campos. A empresa não informou quando os trabalhadores serão reintegrados. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes aguarda essa sinalização para encerrar a greve iniciada no último dia 23.

Os funcionários decidiram cruzar os braços  após a empresa demitir trabalhadores por meio de telegramas e e-mail. A justificativa para as demissões, segundo a GM é a queda nas vendas e nas exportações, que “levaram o grupo a adequar seu quadro de empregados” nas três fábricas. 

Em assembleia realizada ontem (6), na GM de Mogi, os trabalhadores aprovaram manter a greve até que a empresa, em reunião com os Sindicatos de São Paulo/Mogi, São Caetano do Sul e São José dos Campos, assine o acordo de cancelamento das 1.245 demissões, garanta a reintegração de todos os trabalhadores e pague os dias parados.

Histórico

No dia 1 de novembro, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo determinou o cancelamento das demissões. No dia 3, o Tribunal Superior do Trabalho (|TST) rejeitou o pedido da empresa para que as demissões fossem mantidas. Ontem, ao longo do dia, foram realizadas reuniões entre o sindicato e a direção da empresa para tratar da reintegração dos demitidos e outras questões pendentes.

Para o presidente o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, Miguel Torres, os 15 dias de greve, o acampamento e as decisões judiciais foram mais um exemplo de que a luta faz a lei. “Parabéns aos nossos dirigentes sindicais e aos trabalhadores da GM e suas famílias, pela unidade e firmeza na mobilização. Estamos vivenciando uma conquista histórica.”



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