A saúde foi o tema central de discussão dos vereadores na sessão realizada ontem. Durante o debate, os vereadores anunciaram o convite do prefeito Caio Cunha (Podemos) para que a Casa participe de uma reunião realizada hoje em seu gabinete com o objetivo de discutir, juntamente com a direção da Santa Casa de Mogi, o possível fechamento do Pronto Socorro Municipal. Os parlamentares também votaram favoráveis a duas moções de apelo, sendo uma para ministra da Saúde, Nizia Trindade Lima, para que ela interceda pela reabertura do PS do Hospital Luzia de Pinho Melo, e outra ao governo do Estado para que seja ampliado o atendimento de hemodiálise na cidade.

De acordo com o vereador Otto Rezende (PSD), presidente da Comissão de Saúde da Câmara, a reunião com a Santa Casa foi confirmada ontem e repassada para a Casa de Leis para que os parlamentares interessados participem. O convite também causou debate, já que vereadores da oposição entenderam que o mesmo foi feito de última hora, após questionamento feito por Rezende. “O importante é que a reunião aconteça e que seja definida uma solução para esse problema, sempre pensando com coerência e nos pacientes. É isso que interessa para a população”, pontuou José Luiz Furtado (PL).

A reabertura da PS do Hospital Luzia de Pinho Melo, cobrada pelo Legislativo ontem por meio de uma moção de apelo ao governo do Estado e ao governo Federal, também foi levantada pelos vereadores.  “Vivemos uma crise de tempos em tempos com a Santa Casa, um drama e uma preocupação se a cidade terá PS ou não. Antes existiam duas opções, se um falhava tinha o outro. Hoje com uma única opção, se ela falhar, as pessoas vão morrer”, opinou Iduigues Martins (PT).

O documento, de autoria do vereador Marcelo Porfírio da Silva (PSDB), o Marcelo Brás, e assinado por toda a Casa, pede que o governo Federal interceda junto ao governo estadual para que a cidade volte a contar com o pronto socorro. 

Hemodiálise

A falta de mais atendimentos para pacientes que necessitam de hemodiálise foi outro ponto  bastante debatido pelo Legislativo. Nessa semana um vídeo circulou nas redes sociais trazendo o dilema que alguns pacientes estão enfrentando ao terem que fica internados por mais de um mês no Luzia para conseguir fazer as sessões semanais necessárias. “Hoje esses pacientes ocupam 40% da capacidade de leitos da clínica médica do hospital e não precisariam estar internados com medo de perder a vaga”, detalhou Francimário Vieira (PL), o Farofa, autor da moção de apelo que pede mais atenção da gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a situação no município.

O presidente da Casa, vereador Marcos Furlan (Podemos), destacou a necessidade de se criar um pacto regional da saúde de modo que os pacientes não precisem sair do Alto Tietê nem esperar muito tempo para receber atendimento, como tem acontecido em Mogi e demais cidades da região.


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