Caminhar por quatro dias entre Mogi das Cruzes e Aparecida do Norte em nome da fé. Esse é o desafio que um grupo composto por 120 pessoas está enfrentado para chegar até o Santuário Nacional na tarde de hoje, após cumprir um percurso perigoso, cheio de desafios, mas repleto de amor, acolhimento, oração e reflexão.
O Mogi News/Dat conversou com dois romeiros que estão em romaria e vivem essa experiência no momento. Um deles é Edson Luis da Silva, de 53 anos, que já caminhou até Aparecida mais de 40 vezes, sendo 26 delas em grupos que ele mesmo organiza. “Já vivi esse momento muitas vezes sozinho e nas últimas décadas sempre acompanhado por pessoas que desejam nosso apoio para viver essa experiência também. É sempre uma grande satisfação organizar e participar das romarias”.
O grupo saiu de Mogi no último dia 8, às 6 horas, e deve chegar hoje no Santuário após as 14 horas. “Estamos fazendo o caminho pela Dutra (rodovia Presidente Dutra) e sem dúvida a parte mais difícil é a estrada pelo volume de veículos. Já fui também pela Rota da Luz, que tem sua dificuldade , mas é menos perigoso”, destacou.
Em sua segunda romaria, o mogiano Rodrigo Silveira Brasil, 43, fez a caminhada até Aparecida pela primeira vez em 2022 para pagar uma promessa e neste ano decidiu refazer o percurso. Para ele o maior desafio é o clima. “Ele influencia no desempenho e nas lesões, mas a experiência é surreal, é um misto de emoções e reflexões”.
Para ele, a grande vantagem são os pontos de apoio para os romeiros, onde os peregrinos encontram água, acolhimento, curativos e outros cuidados necessários para seguir na estrada . “Eles são excepcionais e essenciais para o romeiro concluir o trajeto”.
Morte
Um romeiro morreu na madrugada da última segunda-feira após ser atropelado no Km 178 da rodovia Presidente Dutra, sentido Rio de Janeiro, no trecho de Guararema. “Um automóvel atropelou homem de 67 anos que seguia em romaria para Aparecida, o qual veio a óbito no local”, explicou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Chovia no momento do acidente.
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