O médico Daniel Sonnewend Proença, 32, que sobreviveu à execução que aconteceu no Rio de Janeiro, na madrugada de hoje (5), é natural de Mogi das Cruzes. Ele estava com outros três médicos em um quiosque na orla da praia da Barra da Tijuca, quando homens desceram de um carro, armados, e começaram a disparar tiros contra o grupo.
O ortopedista reside, atualmente, na cidade de Marília, no interior do Estado, onde se formou pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA). Ele estava no Rio de Janeiro participando de um congresso internacional de ortopedia, com foco em cirurgias minimamente invasivas em tornozelo e pé.
Após o ocorrido, ele foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca. De acordo com as últimas informações divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, seu estado de saúde é estável.
A equipe de reportagem do Grupo Mogi News/Dat entrou em contato com familiares de Daniel, que não pretendem dar declarações no momento, mas afirmaram que ficaram sabendo do ocorrido por meio de um médico que estava por perto, e os localizou pelo sobrenome. Eles se resguardam e se mantêm em oração pela recuperação do ortopedista.
A família afirmou que não têm acesso às informações exclusivas sobre o estado de saúde de Daniel, que estão aguardando mais notícias e acompanhando o que está sendo divulgado pela Imprensa, que tem acesso às fontes do hospital em que o médico está internado.
O prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (Podemos) publicou na tarde de hoje uma nota oficial em seu perfil nas redes sociais se solidarizando com as famílias dos médicos executados: “Registro minha solidariedade à deputada Sâmia Bomfim, que perdeu seu irmão nesta tragédia, e a todas as famílias e amigos. Minhas orações para que Deus conforte os corações e para que a justiça seja feita”.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se pronunciou sobre o caso através de seu perfil na rede social X, e afirmou que recebeu a notícia com “grande tristeza e indignação”. Lula se solidariza com os familiares das vítimas, e pontua trabalho nas investigações do caso. “A Polícia Federal, sob determinação do ministro Flávio Dino, está acompanhando o caso”.
Em nota oficial publicada em seu perfil no Instagram, o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), demonstra apoio ao Governo do Estado do Rio de Janeiro para as investigações. “Estamos consternados com a notícia do assassinato dos três médicos que atuam em São Paulo, ocorrida nesta madrugada no Rio de Janeiro. Conversei com o governador Cláudio Castro para colocar o Governo de São Paulo à disposição, e uma equipe do DHPP da Polícia Civil de São Paulo já está a caminho do RJ para apoiar. Meus sinceros sentimentos à deputada Sâmia Bomfim e a todos os familiares e amigos das vítimas, e desejo de pronta recuperação para Daniel, que segue internado”.
A nota de pesar disponível no site oficial do Governo do Estado confirma o envio de equipes do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e do Dipol (Departamento de Inteligência da Polícia Civil) para auxiliar nas investigações.
Por fim, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), compartilhou, por meio do Instagram, seu pronunciamento oficial, que registra o compromisso com as investigações do caso: “Acabei de conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e assumi o compromisso de dar uma pronta resposta sobre a autoria e motivação desse assassinato bárbaro, que tirou a vida de três médicos e feriu outro na Barra da Tijuca”. Ainda, de acordo com a nota, os policiais do Rio “estão empregando todos os esforços para solucionarmos esse crime”.
Vítimas
Os médicos executados, na madrugada de hoje (5), foram identificados como Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida. Os três eram ortopedistas e, assim como Daniel, estavam participando do congresso internacional para a especialidade.
Corsato, 62, era médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia da Universidade de São Paulo (USP), que por meio de nota, afirma que “recebeu com consternação a notícia do seu falecimento, médico assistente dedicado e atuante do grupo de Tornozelo e Pé da instituição, bem como dos ex-presidentes Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida. O IOT- HCFMUSP estende as condolências aos familiares e amigos”.
Diego Bomfim, 35, era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) compartilhou uma nota oficial em nome dos companheiros de Câmara Federal, exigindo “imediata e profunda investigação para descobrir as motivações” do crime.
Bomfim e Corsato eram registrados pelo Conselho de Medicina de São Paulo, enquanto a terceira vítima, Perseu Ribeiro Almeida, 33, recebia o registro pelo órgão na Bahia.
*Texto supervisionado pelo editor
