Os problemas na segurança pública de Mogi foram o principal tema debatido na sessão da Câmara realizada ontem (26). Um ofício foi apresentado para que a Comissão de Segurança do Legislativo convoque o secretário municipal de Segurança, Toriel Sardinha. O objetivo é que ele compareça na Casa de Leis e preste esclarecimentos sobre os tótens instalados na cidade, a atuação da Guarda Civil Municipal (GCM) na ocorrência registrada no início do mês, onde um jovem mogiano perdeu a visão de um olho após ser atingido por uma bala de borracha e outros assuntos relacionados ao tema.

A discussão sobre a falta de segurança foi iniciada a partir de uma indicação do vereador Edson Alexandre Pereira (MDB), o Edinho, solicitando maior monitoramento por parte da Guarda Civil no Terminal Estudantes. Segundo ele, casos de assalto no local, especialmente a noite, têm se tornado comum. “Eu conversei com o secretario Toriel e ele me disse que o trabalho da Guarda no local é mais efetivo pela manhã, mas é preciso reforçar também no período noturno. Por isso pedimos uma atenção especial por parte da atual gestão porque milhares de pessoas passam pelo terminal todos os dias”, destacou o vereador.

Autor do ofício solicitando a convocação do secretário de segurança, Iduigues Martins (PT) destacou a necessidade de se debater assuntos urgentes relativos à falta de segurança na cidade. “O vereador Edinho está sentindo na pele o drama que a cidade enfrenta. São espaços públicos abandonados, assaltos a mão armada, creches sendo invadidas, problemas na área central e o jovem que perdeu a visão em Jundiapeba. Nós precisamos de esclarecimentos sobre os tótens milionários que foram vendidos como uma saída para a segurança e até agora não sabemos nem se funcionam. Não se pode tapar o sol com a peneira, precisamos de medidas efetivas”, detalhou.

O vereador José Luiz Furtado (PL), ao lado de outros sete vereadores, também utilizou a tribuna para debater  o tema. Segundo ele, para resolver a falta de segurança em Mogi são necessárias ações intersetoriais.  Ele destacou a presença de diversas pessoas na cidade pedindo dinheiro e comida, e também de usuários de drogas que perambulam pelas ruas especialmente a noite. “No Socorro, por exemplo, você não consegue entrar no supermercado de tanta gente pedindo na porta. A gente não consegue identificar quem está bem intencionado e que não está. Tem ponto do município que tem pessoas traficando ao lado dos tótens. É um verdadeiro caos”.

O assunto ainda foi debatido ainda pelos vereadores Otto Rezende (PSD), Juliano Botelho (PSD), Inês Paz (PSOL), Edson Santos (PSD), José Francimário Farofa (PL), Maurino José da Silva (Podemos), Mauro Yokoyama (PL) e Pedro Komura (PSD).