Os motoristas que acessarem a rodovia Mogi-Dutra pela alça localizada no km 43, e que estejam seguindo para a rodovia Ayrton Senna, poderão pagar um valor proporcional de pedágio. Essa e outras mudanças no projeto original de concessão da estrada e também da Mogi-Bertioga foram discutidas ontem pelos integrantes do "Movimento Pedágio Não" e o secretário de Estado de Parcerias e Investimentos Rafael Benini que, durante o encontro, se mostrou firme da decisão de manter a cobrança, mas aberto a discutir possíveis ajustes.

De acordo com um dos fundadores do movimento, Paulo Bocuzzi, o encontro realizado ontem e intermediado pelo deputado estadual e presidente da Assembleia legislativa do Estado (Alesp), André do Prado (PL), foi produtivo, uma vez que o grupo teve a oportunidade de levantar algumas questões que ainda não tinham sido colocadas referentes aos prejuízos causados pelo futuro pedágio, além de reforçar seu posicionamento contrário a todo tipo de cobrança nas duas vias, especialmente na Mogi-Dutra

“Conseguimos expor nossos argumentos, porém o secretário demonstrou que está muito inclinado pela manutenção dos pedágios nos locais que estamos lutando para reverter. O Governo do Estado está decidido, mas eles se mostraram flexíveis em relação a ajustes que venham a reduzir os impactos diante das coisas que apresentamos”, detalhou Bocuzzi. Segundo ele, um dos pontos seria o pagamento proporcional do pedágio em parte da Mogi-Dutra.

“Nós explicamos que existe um fluxo muito grande de pessoas dos Jardim Piatã, Margarida, Novo horizonte e do Aruã, além de bairros de Itaquá e Suzano também, que, para pegar a rodovia Ayrton Senna, usam o acesso do km 43 e trafegam apenas um quilômetro pela Mogi-Dutra. Elas pagariam por oito quilômetro, mas usariam um. O secretário demonstrou interesse em ajustar o projeto nesse sentido. Foi cogitada a instalação de um tótem que neutralizaria o valor do pedágio, o pagamento seria proporcional ao trecho percorrido”, detalhou.

O "Movimento Pedágio Não" afirmou ainda que o Governo do Estado, por meio do secretário, sinalizou uma possível flexibilização em alguns pontos do projeto, que existe boa vontade nesse sentido, mas que a cobrança já é tida como certa.

Após a reunião com o chefe da pasta estadual, o grupo também se reuniu com o deputado Marcos Damásio (PL) em seu gabinete. O parlamentar reforçou seu apoio na luta contra o pedágio.