A Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana, deu início nesta quinta-feira (6) às obras de desassoreamento do Rio Jundiaí, após assinatura do Serviço de Ordem por Caio Cunha (PODE). O objetivo é conter as enchentes que atingem os moradores da região do Oropó em épocas de chuva. O investimento total é de R$ 4 milhões, sendo R$ 2,8 milhões por parte do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e o restante do poder Executivo. As obras devem ser concluídas em seis meses.
O chefe da pasta, Alessandro Silveira, explicou que serão contempladas 4,5 km de extensão do rio, desde a Chácara dos Baianos até a ponte da Avenida Japão. Na primeira etapa, que deve durar cerca de 20 dias, serão recolhidos sedimentos de vários pontos do rio, e caberá à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) avaliar e instruir sobre o descarte correto. Em seguida, começam os trabalhos embarcado.
“Iremos tirar todas as macrófitas, que são as algas, e o desassoreamento é para aumentar a calha para que a gente consiga absorver mais água, assim tentando evitar a proporção das enchentes”, destacou o secretário.
O contrato estabelece que a empresa ETC, responsável pela obra, termine os trabalhos em até seis meses, mas Cunha espera que o resultado chegue em dezembro. “Por conta das mudanças climáticas, as chuvas têm começado nos últimos anos já em dezembro, então não queremos que o povo daqui seja prejudicado. Por isso estamos antecipando a entrega para dar mais comodidade para a população”, destacou o prefeito.
Cunha lembrou ainda as várias etapas que o projeto de desassoreamento passou para conseguir a verba do Fehidro e os devidos licenciamentos. “Tudo o que envolve saneamento e desassoreamento envolve maquinário pesado e fica caro. E mais do que isso, também tem a questão da destinação do resíduo, então são várias etapas que precisam ser cumpridas", disse.
O prefeito ressaltou que esteve no local em 2021, mesmo ano em que a prefeitura se debruçou sobre o caso para promover o desassoreamento e, segundo conversou com moradores, há 20 anos que o rio não recebe o serviço.
Pedágio
Durante a coletiva de imprensa, o prefeito também falou sobre a possível instalação de pedágio na rodovia Mogi-Dutra por parte do governo do Estado: “Enquanto eu não entender e a população não discutir o que é bom e o que é ruim para a cidade, não dá para eu me posicionar rigorosamente, mas enquanto isso eu antecipo que sou contra, a não ser que venha a ter um benefício muito grande para o município”, salientou.
A proposta foi criticada por Cunha: "É como se fosse pedagiar a Marginal Tietê, por exemplo, tem bairros de um lado e de outro”. Segundo ele, o próximo passo é aguardar pela audiência pública, prevista para este mês. “Ao contrário do que aconteceu da outra vez, em que a audiência pública foi camuflada e houve pouca divulgação, até pela gestão anterior e o governo do Estado anterior, essa a gente tá fazendo questão de divulgar para que a população participe, e eu faço questão de estar lá”, ressaltou.
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