Foi aberta na tarde desta terça-feira, 25, no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, a exposição “Agraciada”, em homenagem ao Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha. A mostra tem curadoria da artista Amanda Carmo, com imagens captadas pela fotógrafa Rafaela Bastos.
“Para que todos vejam, saibam e, juntamente, entendam: as mãos do Senhor fizeram isso. A intenção é valorizar o empoderamento e a beleza da mulher preta. Queremos mostrar que ela pode ocupar o lugar que ela quiser”, disse Amanda.
Segundo a artista, foram usadas como modelos mulheres negras da “vida real”. “A maior parte das mulheres retratadas não são modelos, e sim mulheres reais, como donas de casa, mães de família, estilista, caixas de supermercado, funcionária de escola, professora de dança do ventre e manicure. Nosso objetivo é mostrar que elas são lindas do jeito que são. A maquiagem somente realça o que elas têm de mais belo”, explica a curadora.
A maior parte das participantes das produções fotográficas é de Mogi das Cruzes, mas houve a contribuição de mulheres negras de Poá e Suzano.
O espaço para a realização da mostra aconteceu por meio de solicitação do vereador Francimário Farofa (PL). “Acho importante valorizar os artistas de nossa cidade. Ainda mais com um tema tão importante e urgente como é a questão da valorização da mulher negra. Fiquei muito feliz e honrado com a chance de colaborar de alguma forma com esse belo projeto”.
A data entrou para o calendário internacional em 1992, quando aconteceu o Primeiro Encontro de Mulheres Negras, Latinas e Caribenhas em Santo Domingo, na República Dominicana. Depois desse evento, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente o “25 de julho”.
No país, a data comemora também, desde 2014, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela liderou o quilombo Quaritê, na fronteira entre a Bolívia e Mato Grosso, no século 18, tornando-se exemplo de luta e resistência.